“Ritas” chegou às telonas com material íntimo, última entrevista e reflexões inéditas da artista, apenas no circuito comercial.
Estreou no último dia 22 de maio, em pleno Dia de Rita Lee, o documentário “Ritas”, um mergulho profundo — e múltiplo — na trajetória da artista. Ao mesmo tempo em que homenageia a Rainha do Rock Brasileiro, o filme revela facetas íntimas, inesperadas e tocantes de Rita Lee.
O longa-metragem chega exclusivamente aos cinemas, após lotar sessões no festival É Tudo Verdade e encantar a crítica especializada. Entretanto, o destaque principal da produção é a última entrevista inédita concedida por ela, acompanhada de registros caseiros filmados pela própria cantora.
Desde que estreou, “Ritas” tem gerado sessões emocionadas seguidas de debates. Logo depois da estreia, o filme foi exibido três vezes em São Paulo, no CEU Meninos, Cine LT3 e Cine LT3.
Enquanto o público se conecta com as memórias de Lee, os diretores compartilham bastidores da construção do documentário. Imediatamente, nota-se o cuidado com a curadoria do acervo e a delicadeza com que a artista narra sua própria vida.
Material inédito: um presente da própria Rita
“O processo com a Rita foi bastante colaborativo. Ela topou se filmar com o celular e nos deu de presente reflexões íntimas sobre a vida e a morte”, conta a codiretora Karen Harley.
Antes que o filme tomasse forma, o material gravado pela própria cantora foi fundamental. O diretor Oswaldo Santana explica que os registros caseiros revelaram momentos de atriz, apresentadora e ativista. “Foi aí que o filme se tornou ‘Ritas’”, resume.
Apesar disso, o longa não se limita a momentos introspectivos. Constantemente, relembra a genialidade musical da artista. Com trilha sonora recheada de mais de 30 sucessos, “Ritas” passeia por duetos marcantes com Roberto de Carvalho, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Elis Regina.
Eventualmente, surgem imagens de bastidores, palcos e manifestações, costuradas por uma narrativa leve e poética. Finalmente, Rita aparece como sempre foi: autêntica, plural e necessária.
“Ritas” é Rita, em essência
“Ritas se mostrou, para mim, a redescoberta de um grande amor”, declarou a crítica Natália Bocanera, do Coletivo Crítico.
Logo após a estreia, os elogios se multiplicaram: o longa foi chamado de “positivo e alto astral” por Raíssa Ferreira (“Feito por Elas“) e considerado “muito próximo do espectador” por Danilo Casaletti, do Estadão.
Nesse meio tempo, enquanto o país celebra Rita Lee, o documentário se firma como uma das produções mais sensíveis do ano.