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Lobisomem: Whannell busca, mas não supera

Estreando nos cinemas no dia 16 de janeiro, novo longa traz uma ótima experiência visual e sonora, mas com narrativa instável

‘Lobisomem’ tenta reformular a narrativa ao inserir uma camada emocional e uma abordagem de terror corporal. No entanto, embora entregue momentos visualmente deslumbrantes e um som de primeira, ele falha em equilibrar suas ambições temáticas e narrativas.

Perspectiva da criatura desperta interesse

Logo nos primeiros 15 minutos, o filme surpreende positivamente. As cenas diurnas na floresta trazem uma atmosfera perturbante que muitos filmes de terror ignoram. Uma dinâmica familiar, embora explorada superficialmente, tem seus momentos, especialmente nas interações entre Blake e sua filha.

A escolha de mostrar a transformação de Blake do ponto de vista da criatura é fascinante e oferece uma perspectiva rara na mitologia dos lobisomens. Esses momentos são enriquecidos pelo design sonoro impecável, que amplifica a tensão e faz o espectador se sentir na mente do monstro. Christopher Abbot brilha como Blake, um homem dividido entre a humanidade e a besta. Sua atuação em cenas como quando ele morde o próprio ferimento exemplifica sua entrega total ao papel.

A maquiagem e os efeitos práticos homenageiam os clássicos do gênero, com uma clara referência ao design do lendário Jack Pierce. As transformações lentas e detalhadas conseguem transmitir a dor física e emocional do personagem.

Ótimas abordagens, mas mal exploradas: o que faltou nesta história?

Apesar dessas qualidades, o roteiro não convence da mesma forma. Diálogos expositivos e personagens que verbalizam suas emoções de maneira artificial comprometem a imersão. A ausência de profundidade no casamento em declínio de Blake e sua esposa resulta em uma história que parece apressada. Uma transição para o isolamento na cabana carece de contexto suficiente para justificar as decisões dos personagens. Enquanto o filme aborda temas como trauma geracional e a luta contra os instintos mais primitivos, ele não consegue explorá-los com a profundidade necessária. Elementos promissores, como o folclore nativo mencionado no início, são deixados de lado, desperdiçando oportunidades de enriquecer a mitologia.

Julia Garner, uma atriz talentosa, tem pouco material para brilhar. Sua personagem, assim como a da filha, parece insensível em momentos cruciais. Essa falta de resposta emocional impacta negativamente o peso das cenas mais dramáticas. Além disso, a decisão de ambientar quase toda a narrativa em uma única noite limita a construção de tensão, fazendo com que o clímax perca força.

Entre erros e acertos

Dirigido por Leigh Whannell, reconhecido por trabalhos como O homem invisível, aqui ele não atinge aqui o mesmo equilíbrio entre comentário social e entretenimento. O terror corporal é eficaz, mas a falta de foco narrativo prejudica a experiência como um todo.

Embora imperfeito,Lobisomem‘ apresenta um esforço em revitalizar a lenda do lobisomem. Com uma exploração maior dos temas e ajustes no roteiro, poderia ter sido um novo clássico do gênero. Para os fãs de terror, vale a pena conferir pelas atuações e pelo design técnico, mas não espere uma narrativa completamente satisfatória.

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