Baseado no livro de Rachel Yoder, o filme da Searchlight Pictures rendeu à protagonista uma indicação ao Globo de Ouro 2025
Canina, nova produção da Searchlight Pictures, chegou ao Disney+ trazendo uma história intrigante e cheia de camadas. A trama se passa nos subúrbios de uma cidade não identificada e apresenta personagens sem nomes próprios — Mãe, Marido e Filho — uma escolha que universaliza a experiência, por isso permite que diferentes públicos se identifiquem com a narrativa.
O longa, inspirado no romance satírico de Rachel Yoder, mergulha nos desafios da maternidade, identidade e nas pressões do cotidiano familiar. Assim, Amy Adams dá vida à protagonista, uma mulher que abandona sua carreira artística para se dedicar totalmente ao lar e à criação do filho. Scoot McNairy interpreta o marido, um homem frequentemente ausente devido às suas viagens de trabalho. Por consequência, isso o torna uma figura distante dentro da própria família.
Uma história difícil de definir
Descrever Canina em poucas palavras não é tarefa simples, de tal forma que a própria Amy Adams destaca: “Ao conversar com as pessoas, percebo que é diferente para cada uma. Trata-se de isolamento, transformação, comunidade, raiva, maternidade, paternidade, sexualidade. Há tanto envolvido que é difícil definir em uma única frase.”
A narrativa também toca na conexão entre humanos e seus instintos mais primais. Com efeito, a produtora Sue Naegle explica essa perspectiva: “Canina parece reconhecer que, como humanos, nem sempre entendemos que também somos animais. Nossa conexão com o reino animal não está tão distante – nossos comportamentos, nossos impulsos mais primais, as coisas que desejamos, a ferocidade de proteger alguém. Se você parar para pensar no que a maternidade parece – esses sentimentos estão mais próximos do seu lado animal.”
A maternidade como transformação radical
A diretora Marielle Heller reforça a importância de abordar as mudanças profundas que a maternidade traz, a saber: “Não falamos muito sobre se tornar pai ou mãe como o rito de passagem que realmente é. É uma grande transformação de identidade. Para mim, senti-me completamente mudada em um nível celular. Eu não me reconhecia quando olhava no espelho ou no meu casamento, quando meu parceiro e eu nos olhávamos. Tudo mudou de uma forma tão significativa que eu pensava: ‘Por que ninguém fala sobre essa mudança de identidade que acontece quando você se torna pai ou mãe?'”
Além do forte apelo emocional, Canina aposta primordialmente em elementos de drama, surrealismo e introspecção, construindo uma jornada única. Para Tim Smith, corroteirista e produtor executivo, o longa se propõe a ser uma experiência intensa: “Desde o início, sempre vimos esse filme como uma descida do céu ao inferno. Um sonho que se torna um pesadelo através da lente de nossa protagonista. Mal podemos esperar para que os fãs do romance e os novos espectadores embarquem nessa jornada.”
Equipe de peso nos bastidores
A produção de Canina reúne grandes nomes da indústria cinematográfica. O filme é produzido por Anne Carey, Marielle Heller, Sue Naegle, Christina Oh, Amy Adams e Stacy O’Neil, com Megan Ellison, Allison Rose Carter, Havilah Brewster, Adam Paulsen, Sammy Scher e a própria autora Rachel Yoder como produtores executivos. A equipe técnica conta com Karen Murphy (design de produção), Brandon Trost (direção de fotografia), Arjun Bhasin (figurino), Anne McCabe (edição) e Nate Heller (trilha sonora).
Agora, é só dar o play! Canina já está disponível no Disney+!
