A cantora Céu se apresentou na Biblioteca Parque Estadual com um repertório cheio de sucessos e novidades. Evento faz parte de uma extensa programação cultural.
Ainda assim, poucos artistas conseguem transitar entre o experimental e o popular com tanta naturalidade quanto Céu. No dia 23 de maio, a cantora presenteou o público com um show gratuito na Biblioteca Parque Estadual, no Centro do Rio de Janeiro.
O evento comemorou os três anos do projeto Parque de Ideias e trouxe uma atmosfera intimista. Ou seja, nada de grandes palcos ou produção grandiosa.
Apenas Céu, seu carisma e os músicos Lucas Martins (violão), Léo Mendes (guitarra) e Sthé Araújo (percussão) tomaram conta do espaço. Enquanto o público chegava, os ingressos, também gratuitos, já estavam disponíveis no site oficial do projeto. Frequentemente, ações como essa reforçam a proposta de democratizar o acesso à arte.
Logo após a primeira música, ficou claro: o repertório equilibrava o frescor do álbum “Novela” com sucessos que marcaram a trajetória da artista. Entretanto, não se tratava de uma simples retrospectiva. Ao mesmo tempo em que revisitou canções consagradas, Céu experimentou novos arranjos e texturas.
Desde que lançou seu primeiro disco em 2005, a cantora já foi indicada ao Grammy Latino e se apresentou nos principais festivais do mundo. Agora, retorna aos palcos cariocas com uma proposta mais próxima do público — e cheia de sentimento.
Juntamente com o show de Céu, a celebração dos três anos do Parque de Ideias segue firme até o fim de maio.
Logo depois, vieram os espetáculos teatrais “Mata Teu Pai”, com Débora Lamm, e “E Vocês, Quem São?”, protagonizado por Samuel de Assis.
Além disso, oficinas com nomes como Ana Kfouri, Pedro Henrique França, André Dahmer e Leo Shogun integram a programação. Ou seja, a proposta vai muito além de shows — ela aposta na formação e na troca.
Três anos de efervescência cultural
Antes que o projeto surgisse, a Biblioteca Parque Estadual vivia um período de silêncio. Porém, desde 2022, o Parque de Ideias já soma mais de 1.500 horas de atividades gratuitas. Nesse meio tempo, passaram por lá artistas, educadores e pensadores de diversas áreas, sempre com o compromisso de promover o acesso à cultura e à diversidade.
Idealizado por Marcio Debellian, documentarista e produtor cultural, o projeto se firma, finalmente, como um dos polos criativos mais ativos do Rio de Janeiro.