CRÍTICA | Em RESISTÊNCIA, o amor tudo salva

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Editorial Capivara Alternativa

Créditos: Divulgação/20th Century Studios


Por: Andie Gonçalves

Lançado na quinta-feira (28), durante a semana do cinemaResistência distoa de seus companheiros em cartaz nos cinemas de todo o Brasil. É que o longa se trata de uma distopia futurista com pitadas de temáticas atuais, gênero cinematográfico não compartilhado por outros longas em exibição no momento.

Os fãs de Star Wars podem se identificar com o filme, e, principalmente, reconhecer algumas das escolhas estéticas feitas pelo cineasta britânico Gareth Edwards, que também dirigiu os filmes: Rogue One: Uma História Star Wars (2016) e Star Wars: Os Últimos Jedi (2017).

Resistência mistura tecnologia, projeções de um futuro não tão distante, e temas já discutidos na atualidade. Uma das bases principais de seu enredo são as questões sociais, morais, e éticas do avanço da tecnologia de inteligência artificial, bem como questionamentos mais profundos e filosóficos como o conceito de religião e o que nos torna humanos.

O longa é recheado por cenas de ação impressionantes, com direito à veículos gigantes, explosões causadas por robôs auto-destrutivos, e até mesmo entregas de sorvete aparentemente inocentes…

Os efeitos especiais impressionam também com aeroportos futuristas que indicam a lua como destino de viagem e grandes estruturas flutuantes no céu. São imagens que fazem parte do imaginativo contemporâneo, do que imaginamos para o futuro da humanidade. Contudo, o fator que realmente ganha o público é a emoção.

O que determina nossa capacidade de empatia? O que determina algo ou alguém como digno (ou não) de amor? Quem decide o que é o certo e o errado? Estas são algumas das perguntas que os personagens Joshua (John David Washington), Maya (Gemma Chan), e a IA Alphie (Madeline Yuna Voyles) fazem ao público.

Tanto o relacionamento de Maya com a tecnologia de Inteligência Artificial que a criou, quanto o relacionamento quase que paternal desenvolvido entre Joshua e Alphie imergem o espectador no sentimento que brota das adversidades enfrentadas pelos humanos com seus respectivos pares de inteligência artificial. No geral, os personagens possuem várias nuances e, em muitas cenas, os de inteligência artificial são mais empáticos do que os próprios humanos. Este parece ser o ângulo escolhido pelo longa.

Em uma era onde os avanços da inteligência artificial e suas aplicações são cada vez mais controversos, e na qual filmes tendem a tratar a tecnologia como vilã e possível causa da ruína da humanidade (O Exterminador do Futuro e Eu, Robô que o digam), Resistência se destaca por trazer uma proposta diferente, tentando argumentar a teoria de que se a tecnologia foi criada por humanos, ela será capaz de sentir emoções também, dependendo do humano que interaja com ela ou a programe.

via GIPHY

Algumas explicações não dadas deixam pontas soltas no roteiro, como o acontecimento da bomba de Los Angeles; outras, teriam contribuído para o enriquecimento da história, como uma breve narrativa sobre a adoção e convívio de Maya com seres de inteligência artificial.

O filme não aponta dedos e determina quem é a verdadeira ameaça ao futuro da humanidade”, o que seria muito positivo se ele permitisse que o público tirasse suas próprias conclusões, mas não é o que acontece. A narrativa constantemente acaba mostrando (conscientemente ou não) os seres de inteligência artificial como perfeitos demais. Isso afeta a humanidade que tenta construir neles durante suas quase 2h de duração.

O paralelo neandertais versus homo sapiens e homem versus máquina feita em um diálogo pela personagem Howell (Allison Janney) a Joshua mostram que os roteiristas Chris Weltz e Gareth Edwards provavelmente queriam fazer de Resistência mais do que um filme de ação, eles queriam inspirar a reflexão. O filme, de fato, consegue fazer isso – a atuação inspirada dos atores e os dilemas emocionais que seus personagens enfrentam, se sobrepõem à origem de sua espécie.

E esta é a grande sacada do longa: o amor tudo salva. Tanto salva o roteiro, quanto literalmente a vida dos personagens principais várias vezes.

Nota: 3,5


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