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“Maestro(s)” surpreende com um duelo de titãs implícito

Maestro(s)” é um filme que utiliza, de forma muito inteligente, várias simbologias. De forma competente, ele grava as mesmas na mente do espectador, fazendo com que a cada repetição delas seu significado seja lembrado. Uma cadeira vazia significa uma ausência importante. Um troféu é sinônimo de feridas do passado. E uma carta esquecida representa sentimentos nunca discutidos.

Esses e outros itens ajudam a contar a história de Denis (Yvan Attal) e François Dumar (Pierre Arditi), pai e filho. Representantes de duas gerações bem-sucedidas de maestros. Quando François recebe um convite para reger a prestigiada orquestra do Teatro Scala de Milão por engano, isso causa uma grande tensão no relacionamento com Denis, que já era turbulento por si só.

O filme aborda com muita naturalidade um tema difícil: conflitos familiares. Nem sempre é fácil retratar esse tema com precisão nas telonas. Contudo, Maestro(s) consegue fazer isso muito bem, várias vezes permitindo que apenas as expressões faciais de Denis e François contem partes importantes da história.

Apesar de ser um filme que tem a música clássica como pano de fundo, ele não é elitista em nenhum momento e é perceptível que seu foco são os personagens e suas relações entre sí. A fotografia do longa, por sua vez, é admirável, com o uso de tonalidades mais frias e, ás vezes, amareladas, que passam uma sensação de elegância ao longa, como a utilizada no filme Tár (2022).

Apesar do ponto alto do filme ser a relação entre Denis e François, algumas das tramas auxiliares também são interessantes, como o relacionamento de Denis com sua namorada, interpretada por Caroline Anglade, que sonha em ser a violinista principal de uma orquestra.

Conclusões

Mesmo com muitos pontos a seu favor, falta um pouco de tempero no roteiro. Ainda que ele prenda a atenção do público por todos os seus 96 minutos de duração, isso ocorre mais pela promessa de um grande embate entre o pai e filho protagonistas do que, de fato, pela narrativa em si.

Vários personagens interessantes como a ex-esposa e o filho de Denis poderiam ter sido melhor aproveitados no longa e providenciado narrativas secundárias interessantes. Em vez disso, os personagens acabam se tornando parte da decoração de “Maestro(s)“, aparecendo pouco e apenas para cumprir funções bem específicas no suporte da trama principal.

Ainda assim, as transições de uma cena para a outra ajudam a fortalecer o roteiro, já que são em sua maioria instigantes. Uma exemplo é quando Denis entra no táxi em um país e, quando sai do veículo, está em outro.

As partes mais interessantes do longa ocorrem justamente no final, quando os simbolismos do início vão, um a um, tendo seu significado modificado. A cena mais interessante da película ocorre no final, quando uma espécie de plot twist acontece e percebemos que o nome do filme é, na verdade, um grande spoiler.

14º Festival Varilux de Cinema Francês

Maestro(S)” é um dos 19 filmes inéditos participantes do 14º Festival Varilux de Cinema Francês. Ele fica disponível em cinemas de todo o Brasil até 22/11. A Capy cobriu a noite de estreia do evento, disponível aqui no site e em nosso Instagram e TikTok.

Além disso, entrevistamos Emmanuelle Boudier (curadora do festival) e Julia de Nunez (estrela da série de sucesso “Brigitte Bardot”).

Disponibilizamos também resenhas de outros longas participantes do evento, como: “O Renascimento“, “O Desafio de Marguerite“, “Making Of“, “Meu Novo Brinquedo“, “O Astronauta” e “O Livro da Discórdia“.

“Maestro(S)”

(França, 2022, 96 min.). Direção: Bruno Chiche. Drama. Em exibição nos cinemas pelo Festival Varilux de Cinema Francês 2023.

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