Faixa colaborativa entre Mark Ronson e RAYE une talento, química e elegância sonora. O resultado é uma ode sofisticada à arte de fazer música juntos.
Logo após anos de admiração mútua, Mark Ronson finalmente realizou o desejo de trabalhar com RAYE. O encontro criativo nasceu de uma conexão inesperada: a relojoaria suíça Audemars Piguet, da qual ambos são embaixadores. Ou seja, o luxo aproximou dois artistas em um momento certeiro.
Juntamente com Tommy Brenneck e Eric Hagstrom na composição, a dupla mergulhou em sessões intensas em Londres, Nova York e Los Angeles. Apesar disso, o clima das gravações não pesou — pelo contrário, impulsionou uma sinergia que transborda na canção.
Enquanto os metais criam uma atmosfera de jazz de clube, o R&B de RAYE traz intensidade emocional. Ao mesmo tempo, a produção meticulosa de Ronson equilibra tudo com elegância. A música, apesar de moderna, carrega um charme retrô, como se tivesse sido feita para soar eterna.
Ainda assim, “Suzanne” não soa como algo que já ouvimos. Constantemente surpreendente, a faixa mostra o quanto ambos conseguem inovar mesmo em gêneros consagrados. Antes que alguém a classifique como “simples colaboração”, é melhor ouvir com atenção: trata-se de uma fusão rara de identidade e sentimento.

“Suzanne” – Capa / Reprodução
Destino, passado e gratidão
Desde que ouviu o instrumental, RAYE teve certeza do nome da faixa. Descobriu depois que Suzanne era também o nome da fundadora da Audemars Piguet — uma coincidência que deu ainda mais significado ao projeto.
Eventualmente, tudo se encaixou como um relógio suíço. RAYE relembrou o tempo em que frequentava o estúdio de Ronson como compositora iniciante.