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O Conde de Monte Cristo: Matthieu Delaporte e Patrick Mille revelam detalhes sobre o longa e veem meme brasileiro

O Festival Varilux de Cinema Francês já começou, trazendo filmes incríveis e a presença de artistas para promover seus títulos. Tivemos a honra de entrevistar alguns deles, compartilhando com o público um pouco mais sobre suas obras e experiências.

O grande clássico da literatura francesa, O Conde de Monte Cristo, ganhou uma nova versão. Escrito por Alexandre Dumas (pai) no século XIX, o romance conta a história de Edmond Dantès, um homem que após ser preso injustamente busca vingança contra os responsáveis por sua prisão. A trama tem tudo que a gente gosta: ação, aventura, romance, e justiça feita com as próprias mãos. E se essa narrativa parece um pouco familiar, fica por aqui que já já explicaremos porquê.

A nova versão cinematográfica de O Conde de Monte Cristo é estrelada pelo astro francês Pierre Niney. O elenco também conta com outros grandes nomes como Patrick Mille, Bastien Bouillon, e Anaïs Demoustier. O longa será lançado oficialmente no Brasil em 5 de dezembro deste ano. Porém, os cinéfilos de plantão não precisam esperar tudo isso para conferí-lo: O Conde de Monte Cristo integra a programação da 15ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês, que apresenta uma seleção rica e diversificada de produções cinematográficas francesas contemporâneas.

Tivemos a oportunidade de entrevistar Matthieu Delaporte, um dos diretores do longa, e Patrick Mille, que dá vida ao vilão Danglars. No papo, eles comentaram que já vieram ao Brasil outras vezes, contaram um pouco mais sobre o processo de criação do filme, e ainda assistiram um trechinho de uma novela brasileira. Confira:

Patrick, qual outro personagem de ‘O Conde de Monte Cristo’ você gostaria de ter interpretado?

Boa pergunta… Eu teria escolhido o Danglars mesmo, porque adoro o personagem. Mas, como segunda opção, teria escolhido o Fernand de Morcef. Ele é um personagem que traz muita dualidade: tem a questão da amizade, mas também tem a questão da traição, do ciúme dilacerante… Acho que ele carrega um conflito interno que eu adoraria interpretar. Então sim, um dos três malvados. Em primeiro lugar o Danglars, e em segundo o Fernand. Eu nem ouso falar no Conde porque só o Pierre [Niney] mesmo que poderia ter interpretado. [risos]

E Matthieu, como que funcionou a escalação do elenco? Desde o início você já sabia quem queria para cada papel?

O casting aconteceu assim: a gente fez Os Três Mosqueteiros, que foi um filme de sucesso, e então os produtores do filme disseram que poderíamos fazer qualquer filme que quiséssemos. Era um sonho meu e do Alexandre [de La Patellière, também diretor do longa] fazer um filme sobre o Conde de Monte Cristo. Nós propusemos a ideia e imediatamente os produtores aceitaram. Queríamos que Pierre Niney estivesse no papel principal, pois precisávamos de um ator capaz de passar por 20, 40 anos e representar um personagem que é romântico, é belo, mas que ao mesmo tempo é sombrio. Para nós, Pierre Niney é o [grande] ator desta geração. Quando o convidamos para o papel, descobrimos que este é o livro preferido dele, o que foi uma coincidência muito legal.

A partir do ‘sim’ dele, começamos a escrever o roteiro e desenvolver os outros personagens. No restante do casting, queríamos representar os atores franceses da atualidade, tanto oriundos do cinema, do teatro, quanto da televisão. Unimos pessoas com quem já havíamos trabalhado e outros com quem gostaríamos de trabalhar. O Patrick, por exemplo, é alguém com quem eu já havia trabalhado no meu primeiro filme, onde ele foi o protagonista. Já a Adèle Simphal, que interpreta a Angèle no início do filme, é outra atriz com quem eu havia trabalhado recentemente. Então, a ideia era realmente formar uma família, como uma trupe de teatro, onde as pessoas tivessem o mesmo prazer de atuar juntas.

Patrick, a sua filmografia contém filmes variados, que vão da comédia até à aventura. O que geralmente te faz querer entrar em um projeto? Como você se prepara para interpretar gêneros cinematográficos diferentes?

Nem sempre a gente pode escolher, ás vezes a gente depende de propostas… [risos]. Mas quando posso escolher, eu analiso bem, e ás vezes fico até um tempo sem trabalhar, porque eu prefiro recusar um papel do que estar em um projeto que eu não gostaria de assistir ou não me sentiria orgulhoso de participar. E, quando não estou envolvido com nada, trabalho no teatro, criando meus próprios espetáculos.

Fiz isso em ‘Lettres à Anne‘, uma peça em que interpretei François Miterrand [ex-presidente francês] apaixonado, criada à partir das cartas de Mitterrand à sua amante. Também fiz uma peça inspirada pelos poemas de [Louis] Aragon. É muito importante para mim estar sempre atuando, sempre no palco, para não enferrujar. E quando os convites aparecem, como aconteceu com a série política ‘Baron Noir‘, é algo maravilhoso! Porque são personagens muito ricos, fortes, e eu prefiro fazer uma série muito boa do que um filme ruim.

E depois veio um período muito grande, muito intenso, de ótimas oportunidades com ‘Os Três Mosqueteiros‘, que foi quase um ano de filmagem, e então Monte Cristo, que durou um semestre de filmagem. Assim, posso dizer que estou um pouco apaziguado nessa minha ansiedade de artista.

O Conde de Monte Cristo foi adaptado para as telonas em 1934, em 1975, e em 2002, além de ganhar versões no formato seriado, e inspirar histórias completamente novas. Uma delas foi a novela brasileira ‘O Outro Lado do Paraíso‘ (2017), protagonizada por Bianca Bin, Sérgio Guizé e Marieta Severo.

A Capy, é claro, não poderia deixar de mostrar à Patrick e Matthieu o icônico retorno da nossa condessa de Monte Cristo e a célebre frase: “Não imaginam o prazer que é estar de volta“.

Ambos adoraram a cena e ficaram surpresos ao ver uma obra brasileira inspirada pelo livro. Patrick comentou, inclusive, que a comediante francesa Audrey Fleurot havia anunciado que deseja adaptar a história, pela primeira vez, tendo uma mulher no papel principal. O ator ainda brincou “agora eu vou mostrar pra ela e falar ‘cancela, cancela, já fizeram no Brasil!’, mas é muito interessante“.

O que achamos do filme?

O Conde de Monte Cristo traz toques de contemporaneidade a uma história de amor, vingança, e aventura que nunca envelhece. Atuações estelares, uma estética cinematográfica para lá de agradável (com um jogo de câmeras de tirar o fôlego, principalmente nas cenas externas), além de um esquema de cores muito bem pensado fazem do longa uma obra muito coesa. Na primeira parte do longa, vestimentas mais claras e vibrantes remetem à pureza e à juventude; já na segunda parte, ambientes com menos iluminação e roupas mais sóbrias mostram um amadurecimento nos personagens e também a sua dor, enquanto buscam realizar sua vingança…

Ainda que tenha quase 3h de duração, o filme prende a atenção do espectador durante todo o tempo, graças à minuciosidade da história mostrada de forma ágil, e a excelente forma com que o roteiro traduz a narrativa para as telonas. Algumas cenas podem desanimar um pouco àqueles com o olhar mais atento, seja por uma situação à la Missão Impossível, em que o protagonista consegue milagrosamente se sair extremamente bem, ou seus disfarces que ás vezes não convencem muito. Porém, mesmo estas cenas ainda entretém e conseguem quase que hipnotizar o seu público.


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