O single abre caminho para uma nova fase da banda islandesa
Depois de cinco anos longe dos holofotes, o Of Monsters and Men voltou com ‘Television Love‘, seu primeiro single desde o lançamento do álbum Fever Dream em 2019. A faixa nasceu no estúdio particular da banda na Islândia e traz uma sonoridade introspectiva, combinada com a honestidade e a profundidade emocional que só o tempo e a distância conseguem proporcionar. ‘Television Love‘ sem dúvida marca um retorno, mas é também um reencontro com a própria identidade musical do grupo, agora amadurecida.
O videoclipe da música também traduz essa sensação de passagem do tempo, registrando a banda em momentos que misturam mudança, silêncio e permanência. As imagens reforçam o espírito contemplativo da faixa, oferecendo uma experiência visual à altura do que a canção sugere.
“A desesperança se transforma em esperança”
Em um comunicado oficial, os integrantes do Of Monsters and Men comentam sobre a criação da música:
“Estamos muito animados para compartilhar nossa música ‘Television Love’. Nos últimos anos, ficamos escondidos em nosso estúdio quietos fazendo música, e é muito bom finalmente contar às pessoas o que temos feito. Em sua essência, ‘Television Love’ é uma conversa entre duas pessoas que se estende ao longo do tempo. A música está conosco há algum tempo e quando estávamos trabalhando em nosso estúdio, nós a visitávamos em diferentes momentos de nossas vidas. A cada vez parecia que tínhamos algo novo para compartilhar e adicionar à história da música. A vida acontece, as coisas mudam, a desesperança se transforma em esperança. A paisagem sonora e a conversa se tornaram camadas com nossa própria história”.
Sobre o videoclipe, a banda ainda compartilhou detalhes sobre o conceito por trás das imagens:
“Filmamos o videoclipe com o diretor Erlendur Sveinsson. Ele gira em torno de uma conversa na mesa de jantar, com a banda e a mesa se movendo através do tempo e espaço, do caos e da calma, ao mesmo tempo conectados e desconectados daquilo que os cerca. O vídeo foi filmado inteiramente em filme de 35mm durante uma noite de verão na Islândia. Como foi filmado perto do solstício, conseguimos ficar acordados até o amanhecer sem que o sol se pusesse. Foi uma espécie de atemporalidade estranha que soou perfeita para ‘Television Love’.”
Do indie islandês ao sucesso global
O Of Monsters and Men surgiu em Reykjavík e logo conquistou o mundo com o lançamento do seu álbum de estreia, My Head Is An Animal, em 2011. Com ele, o grupo deixou de ser uma promessa local para se tornar um fenômeno internacional. O primeiro single do disco, Little Talks, ultrapassou a marca de 1 bilhão de streams no Spotify e se transformou em um verdadeiro hino indie da década passada. Dois anos depois, em 2013, a banda se apresentou pela primeira vez na TV americana, no icônico Saturday Night Live.
Com a popularidade em alta, o grupo lançou o segundo álbum, Beneath The Skin, em 2015. O disco estreou no Top 3 da Billboard 200 e rendeu até uma aparição surpresa na série Game of Thrones. Além disso, o som cinematográfico da banda passou a embalar produções como Jogos Vorazes e A Vida Secreta de Walter Mitty, ampliando ainda mais sua presença cultural.
Nos palcos, a banda colecionou momentos marcantes em festivais como Coachella, Glastonbury e Lollapalooza. Essas performances consolidaram sua reputação como uma banda para se ver ao vivo, especialmente em espaços abertos, onde a natureza parece dialogar com suas composições.
Uma nova geração, o mesmo encanto
Mais de uma década depois de sua estreia, o Of Monsters and Men continua a se reinventar. Seu público cresceu e se renovou, e atualmente a banda acumula cerca de 9 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Ainda hoje, ela representa a Islândia musicalmente para o mundo, provando que a beleza do país vai muito além de paisagens geladas e banhos termais.
‘Television Love‘ é, ao mesmo tempo, o retorno de uma das bandas mais importantes do indie moderno e o início de um novo capítulo, mais íntimo, maduro e, ao mesmo tempo, fiel às raízes que os levaram tão longe.
