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Salão de Baile: um mergulho no coração da cultura ballroom brasileira

O documentário Salão de Baile (This is Ballroom) mergulha nas profundezas da cultura ballroom, oferecendo um olhar íntimo sobre um movimento que brilha nas pistas

A cultura ballroom, imortalizada por competições de vogue e pelas casas lendárias, forma o coração vibrante da série Pose. Embora tenha ampliado a visibilidade dessa cena nos últimos anos e conquistado aclamação mundial, ainda há muitos aspectos desse universo que permanecem inexplorados. É exatamente com essa proposta que o documentário Salão de Baile (This is Ballroom) nos convida a mergulhar em um olhar mais profundo. Mais do que simplesmente registrar, o filme encarna o espírito do movimento, entregando, desde os primeiros minutos, uma energia pulsante de resistência, empoderamento e celebração.

Direção que privilegia a autenticidade

Dirigido por Juru e Vitã, o longa se destaca por sua honestidade e pela profundidade com que aborda a cena ballroom brasileira. A trilha sonora enérgica e envolvente eleva as competições e os depoimentos. O formato contínuo das entrevistas, sem cortes evidentes, dá peso às narrativas e torna o filme profundo. É impossível não se emocionar com a transparência e a força das histórias, que misturam dor e celebração intensa.


O olhar transparente sobre uma cultura rica

A escolha de uma filmagem minimalista, com ângulos simples e diretos, amplifica a autenticidade das histórias. O brilho do documentário está nos próprios depoimentos, nos figurinos vibrantes e na energia crua dos protagonistas. A ausência de efeitos intrusivos cria uma sensação de proximidade, como se o espectador estivesse em uma ball. Ele não se limita a exibir apresentações espetaculares; sua essência está na conexão emocional que estabelece com o público, revelando histórias de superação.

Uma aula cultural e social

Salão de Baile é uma ferramenta de aprendizado. Ele educa sobre os termos e dinâmicas do ballroom enquanto reflete sobre a importância de reconhecer as raízes e os protagonistas reais desse movimento, questionando privilégios e barreiras sociais. Os discursos nos fazem compreender que a essa cultura foi e é essencial para reconhecer a história de comunidades marginalizadas, principalmente pessoas pretas LGBTQIA+.


Narrativa de reconhecimento e resgate

Ao explorar este universo, é possível abrir os olhos para as questões enfrentadas por essas comunidades. Isso cria empatia, ajuda a combater preconceitos e promove um entendimento mais profundo sobre a interseção de identidade de gênero. O documentário vai além do glamour, destacando como a cultura ballroom no Brasil se adaptou às vivências da comunidade preta LGBTQIAPN+. As casas lendárias, como a Casa de Dandara, oferecem momentos emocionantes, como a homenagem à travesti Dandara dos Santos, através do grito “Dandara Vive”, reafirmando que memória e resistência caminham juntas.

Interpretações que evidenciam o espetáculo

Ao final, o documentário reforça uma mensagem essencial: reconhecer as origens é indispensável para evitar a apropriação cultural e valorizar os criadores genuínos. O vogue ultrapassa a definição de um estilo de dança; ele se revela como um ato de resistência e uma forma poderosa de expressar identidade. Cada pose exala ancestralidade, e cada movimento carrega histórias que, frequentemente, não encontram espaço em outros lugares. Essa é uma celebração vibrante da diversidade e um marco significativo para o cinema nacional. A obra lembra que cada desfile, cada gesto e cada narrativa representam conquistas frente ao preconceito. A frase icônica “A arte me fez ser quem eu sou, por isso não te devo nada” encapsula a essência e a força desse universo único.


Prêmios e estreias marcantes

Já ocorreram exibições em mais de 15 países, acumulando prêmios como o Melhor Documentário no Oslo/Fusion Festival Internacional, Prêmio de Público no Queer Porto e o Prêmio Diversidade no Afrika Film Festival. No Brasil, ele venceu o Prêmio Félix de Melhor Montagem no Festival do Rio, sendo destaque na Mostra de São Paulo e no Festival Mix Brasil. A estreia nos cinemas nacionais está marcada para 5 de dezembro, um marco para o movimento no país.




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