Do anonimato ao estrelato, Yeat construiu um império sonoro único e conquistou milhões de ouvintes com seu estilo vanguardista.
Yeat, nome artístico de Noah Oliver Smith, nasceu em 26 de fevereiro de 2000, na Califórnia, mas foi em Oregon que sua jornada musical começou a ganhar forma. Criado em Portland, ele cresceu absorvendo diferentes influências sonoras, moldando um estilo próprio que misturava rap futurista, autotune agressivo e uma identidade estética diferente.

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O estouro no TikTok e a ascensão meteórica
Contudo, no cenário digital, onde um hit viral pode mudar carreiras da noite para o dia, Yeat encontrou o catalisador perfeito para sua explosão. Porém, em 2021, suas mixtapes “4L” e “Up To Më” jogaram gasolina no hype, com faixas como “Sorry Bout That” e “Monëy So Big” dominando o TikTok e impulsionando seu nome para o mainstream. Mas foi “Gët Busy“, lançada no final do mesmo ano, que cravou seu status na cena: a música se tornou um fenômeno, famosa por seu sino icônico e pela energia caótica que define sua estética sonora.
Estilo único e influências que moldaram sua identidade
Yeat não é apenas mais um rapper na multidão. Seu estilo vocal carregado de autotune e melodias hipnóticas carrega uma assinatura inconfundível, algo entre o experimental e o caótico. Artistas como Playboi Carti, Future e Young Thug pavimentaram o caminho para sua sonoridade, mas ele levou isso a um novo patamar ao criar sua própria gíria — expressões como “twizzy”, “krank” e “luh geeky” se tornaram marcas registradas, reforçando ainda mais sua identidade única dentro do hip-hop.
Discografia e evolução sonora
Desde que sua estreia aconteceu, Yeat tem lançado projetos ambiciosos, sempre expandindo os limites do gênero. Sua discografia inclui quatro álbuns de estúdio, quatro mixtapes e seis EPs. Sua discografia conta com os álbuns de estúdio “Up 2 Më (2021)”, “2 Alivë (2022)”, “Lyfë (2022)”, “AftërLyfe (2023)” e “2093 (2024)”.
Já suas mixtapes são “Wake Up Call (2019)”, “I’m So Me (2019)”, “Alivë (2021)” e “4L (2021)”.
No entanto, seus EPs também são ricos e contribuem de maneira significativa em sua trajetória. “Deep Blue Strips (2018)”, “Different Creature (2019)”, “We Us (2020)”, “Hold On (2020)”, “Trëndi (2021)” e “Lyfëstyle (2023)”, trouxeram mais da sua visão como produtor.
2093: O projeto mais ambicioso de Yeat
Se cada lançamento do rapper elevou sua sonoridade, “2093“, lançado em fevereiro de 2024, chegou como seu álbum mais ousado até agora. O disco, distribuído pela Capitol Records, Field Trip Recordings e Lyfestyle Corporation, traz colaborações com Future e Lil Wayne, além de uma edição deluxe (P2) que adiciona um feat de ninguém menos que Drake — rapper que já demonstrou publicamente sua admiração por Yeat.
No Metacritic, “2093” garantiu uma nota 62, com a crítica dividida entre elogios à sua ambição e apontamentos sobre sua repetição sonora. No entanto, números não mentem: o álbum estreou na segunda posição da Billboard 200, com 70 mil unidades vendidas e mais de 79 milhões de streams na primeira semana.
Entre as faixas mais comentadas, “Psycho CEO“ reforça a visão futurista do rapper, enquanto “Power Trip“, com vocais adicionais de Childish Gambino, traz uma abordagem mais experimental. Já a colaboração com Drake em “As We Speak“, presente na versão deluxe, mostra Yeat como um dos grandes nomes da nova geração do rap.