Um thriller político que revisita uma das noites mais turbulentas da Coreia do Sul. O longa “12.12 – O DIA” estreia no Brasil em 20 de março.
A tensão política da Coreia do Sul de 1979 ganha vida em “12.12: O DIA“, dirigido por Kim Sung-soo. O filme, que chega aos cinemas brasileiros em 20 de março pela SATO Company, foi a maior bilheteira coreana de 2023 e representa o país no Oscar.
O choque entre poder e dever
A princípio, a trama reconstitui os acontecimentos da noite de 12 de dezembro de 1979, quando o assassinato do presidente Park desencadeou um golpe militar. O comandante Chun Doo-gwang (Hwang Jung-min) e seu grupo de oficiais tentam assumir o controle, enquanto o comandante Lee Tae-shin (Jung Woo-sung) resiste para impedir o uso do exército como ferramenta política.

“12.12 – O DIA” / Reprodução
Autenticidade e imersão
A produção mescla fatos históricos e ficção para capturar a tensão daquele momento. Locais simbólicos como o Bunker B2 foram meticulosamente recriados, combinando pesquisa histórica e efeitos visuais. Cada cenário reflete as disputas ideológicas: o gabinete de Chun, dominado por vermelho e azul, transborda ambição, enquanto o espaço de Lee, cercado por vidro, simboliza sua luta solitária.
Memória que reflete no presente
O diretor Kim Sung-soo viveu essa época em primeira pessoa, e sua experiência transpira na tela. “Quis transportar o público para aquela noite gelada, carregada de incerteza e decisões cruciais“, revela.
Reflexão sobre democracia
Muito mais do que um thriller histórico, “12.12: O DIA” levanta questionamentos sobre o autoritarismo e a fragilidade das instituições democráticas. Afinal, a produção chega em um momento oportuno, lembrando que a liberdade é uma construção constante. O filme estreia no Brasil em 20 de março.