Novo álbum da artista, “Vida Real”, traz 11 faixas inéditas, colaborações de peso e uma entrega emocional sem precedentes.
“Vida Real” é uma celebração. Ao mesmo tempo íntimo e expansivo, o novo álbum de Ana Cañas, lançado hoje (04), traduz uma artista em pleno domínio de sua expressão. Em um mundo onde a autenticidade às vezes se esconde, Cañas surge como um sopro de coragem criativa.
Assim, com 11 faixas inéditas e participações surpreendentes, a cantora e compositora revela múltiplas facetas de si mesma, tocando diretamente o ouvinte.
Depois de Belchior, um novo voo solo
Após o estrondoso sucesso da turnê “Ana Cañas Canta Belchior“, que ultrapassou 180 shows e conquistou crítica e plateias por onde passou, a artista não apenas retorna — ela se reinventa. Dessa forma, em parceria com o renomado produtor Dudu Marote, responsável por hits de Skank, Emicida e BaianaSystem, Cañas entrega um trabalho autoral, visceral e plural.

Ana Cañas / Reprodução
Embora “O Que Eu Só Vejo Em Você” seja assinada por Nando Reis, todas as demais faixas nascem do próprio punho de Cañas, compondo um mosaico emocional que percorre desde a juventude até o presente.
Além das faixas: um manifesto sonoro
Conforme mergulhamos no álbum, fica claro: não há nada superficial em “Vida Real“. Logo na faixa de abertura, a artista narra a vivência em um pensionato, onde a solidão dos estranhos se transforma em poesia — com uma gaita que carrega a alma da canção.
Além disso, músicas como “Do Lado de Lá”, que encerra o disco, prestam tributo ao irmão falecido de Ana, trazendo um tom agridoce e profundamente humano.
Colaborações estelares, emoções variadas
Enquanto percorre suas próprias narrativas, Ana divide o microfone com nomes consagrados da música brasileira. Ney Matogrosso é destaque em “Derreti”, Ivete Sangalo colore “Brigadeiro e Café” com sua vibração solar e Roberta Miranda dá voz ao alerta feminino em “Amiga, Se Liga”. Desse modo, Cañas traça pontes entre gêneros e gerações.
Reggae, piseiro e entrega amorosa
Entre uma faixa e outra, “Quero Um Love” se destaca. Criada durante o processo de gravação, ela mistura reggae e piseiro-pop, simbolizando a abertura emocional da artista em um relacionamento recente. “Relato isso ipsis litteris”, diz Cañas. Logo, não há filtros: tudo é verdade.
Uma estreia — de novo
Embora já tenha lançado outros discos, Ana Cañas considera este seu verdadeiro ponto de partida. “Tem a Ana dos violões, a Ana da gaita, todas as Anas estão ali.” Portanto, Vida Real é mais que um álbum — é uma espécie de renascimento musical.
Por fim, a jornada de Ana Cañas se inspira nos versos de Bob Dylan: “Quantos mares precisará uma pomba branca navegar antes de dormir na areia?” A resposta pode estar em cada faixa.