O carioca Rubel retorna às raízes com voz e violão, lança disco com orquestra e apresenta filme com direção de Larissa Zaidan.
Depois que experimentou novos sons em “As Palavras Vol. 1 & 2“, Rubel decidiu voltar ao ponto de partida. Porém, “Beleza. Mas agora a gente faz o que com isso?” não é apenas um retorno à simplicidade. Ao mesmo tempo em que retoma o formato voz e violão, o artista expande seu universo com arranjos orquestrais e composições que refletem sobre o tempo, a vida e o afeto.
Ainda assim, o disco não soa como repetição. Desde que estreou com “Pearl“, em 2013, Rubel aprendeu a construir narrativas emocionais que conversam com o ouvinte — e dessa vez, com ainda mais delicadeza.
Álbum visual: uma nova dimensão para a MPB
Juntamente com as nove faixas do disco, Rubel apresenta um filme complementar. Com direção de Larissa Zaidan, o curta-metragem de dez minutos será lançado logo após o álbum, em 28 de maio, às 22h. Ou seja, música e imagem caminham lado a lado neste projeto.
Imediatamente, o espectador será transportado para um universo lírico em que Rubel observa silenciosamente três núcleos de personagens. Enquanto isso, o som das canções inéditas embala cenas de introspecção, encontros e despedidas.
Eventualmente, o filme se torna extensão natural do disco — e não apenas um apêndice visual. Logo depois de assistir, fica difícil separar som e imagem na experiência sensorial proposta por Rubel.
Apesar disso, o título enigmático não oferece respostas prontas. “Isso pode ser tudo”, afirma Rubel. Frequentemente, ele prefere deixar a interpretação nas mãos do público. Ao mesmo tempo, cada faixa propõe reflexões existenciais de forma lírica e acessível.
Anteriormente, Rubel já havia mostrado domínio ao equilibrar o popular e o poético. Agora, reafirma esse talento com um disco que se comunica com profundidade e beleza.
Finalmente, “Beleza. Mas agora a gente faz o que com isso?” surge como um álbum referencial para esta geração.