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CRÍTICA: Os Segredos do Universo por Aristóteles e Dante

Nos primeiros meses de 2012, Benjamin Alire Sáenz lançava “Os Segredos do Universo Por Aristóteles e Dante”. O livro nos transporta para a vida de Aristóteles Mendoza, um adolescente de 15 anos carregando o peso do ressentimento em relação ao mundo. Sua busca por solidão é desafiada quando, durante um verão na piscina local, ele conhece Dante Quintana, um jovem que representa tudo o que Ari não é.

Dante, com seu espírito artístico e paixão por explorar a vida, desencadeia uma transformação profunda em Aristóteles. Esse encontro singular proporciona a Aristóteles algo que ele nunca teve antes: um amigo verdadeiro. Dante, um ser quase mágico, abre os horizontes de Ari para a música, poesia e lições sobre o céu. O filme protagonizado por Max Pelayo e Reese Gonzales, busca dar vida a essa narrativa poderosa.


Uma primeira impressão desavisada pode sugerir um clichê adolescente. No entanto, é importante destacar que seguir uma fórmula clichê não é necessariamente uma crítica negativa. O filme, ao adotar elementos familiares desse gênero, consegue surpreender em diversos pontos, especialmente nas atuações e na química envolvente entre os personagens.

Reese Gonzales, no papel de Dante, e Max Pelayo, como Aristóteles, entregam performances que capturam com maestria as nuances da adolescência, explorando as curiosidades e descobertas dessa fase da vida. O ponto alto da trama é a sutilidade com que Aristóteles percebe seu crescente amor por Dante, seu melhor amigo. A afetividade expressa pelas famílias dos protagonistas é outro elemento cativante que conecta o público ao filme, acrescentando uma camada de sensibilidade a cada cena.

A amizade que floresce entre Aristóteles e Dante é construída de maneira bela na tela, e o projeto como um todo se destaca por apresentar uma narrativa queer rica em complexidade e delicadeza. No entanto, um possível ponto de crítica surge quando, em determinado momento, o destaque é dado predominantemente a um dos protagonistas, deixando o desenvolvimento do outro em segundo plano. Mesmo com as falas do próprio personagem através de cartas, essa escolha poderia ter sido equilibrada para manter a magia da descoberta voltada para ambos os garotos.

Essa consideração, no entanto, não impede o desenvolvimento emocionante da trama, tampouco obscurece a atmosfera principal do filme, que se concentra na jornada de descobertas de ambos. Independentemente desse pequeno desequilíbrio, o filme mantém sua capacidade envolvente e emotiva.

Outro destaque notável no longa, é a trilha sonora envolvente que mergulha o espectador diretamente na atmosfera da época em que se passa o filme. Com uma seleção cuidadosa, a trilha sonora não apenas complementa a narrativa, mas também oferece uma experiência nostálgica, transportando os espectadores para um passeio no tempo. Cada nota musical é um elo adicional entre a história e o público, acentuando as emoções e contribuindo para a introspecção na jornada de autodescoberta dos protagonistas.

Em síntese, “Os Segredos do Universo Por Aristóteles e Dante” vai além das expectativas do clichê adolescente, oferecendo uma representação autêntica e tocante da jornada de autodescoberta. A extraordinária entrega de Reese Gonzales e Max Pelayo cativa, destacando as complexidades da adolescência de maneira envolvente. Apesar de uma pequena oscilação na focalização dos protagonistas, a história ressoa em sua essência, explorando a beleza da amizade e do amor, sem perder a sensibilidade em cada cena. Para os espectadores mais sensíveis, é aconselhável manter alguns lenços à mão, pois a narrativa envolvente pode evocar emoções profundas. Com previsão de lançamento nos cinemas brasileiros em 30 de novembro de 2023, pela Imagem Filmes, este filme promete ser uma experiência enriquecedora e emocional para todos os públicos.

Vale lembrar que o livro possui uma continuação, e enquanto aguardamos o retorno do filme para confirmar possíveis sequências que destaquem ambos os personagens, é momento de apreciar plenamente esta primeira obra. Afinal, como na própria jornada de Aristóteles e Dante, cada descoberta é um passo significativo, e só o tempo revelará o próximo capítulo.

Nota: 4/5.


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