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Festival Varilux: Três filmes que você não pode deixar de assistir!

Já falamos por aqui sobre O Conde de Monte Cristo, Boléro – A Melodia Eterna, Madame Durocher e, agora, trazemos mais algumas recomendações imperdíveis, que você precisa conferir antes que o festival acabe.

No próximo dia 20, chega ao fim mais uma edição do Festival Varilux de Cinema Francês. Mas, para você aproveitar ao máximo os últimos momentos do evento e já se preparar para seu retorno em 2025, vamos comentar sobre três destaques da programação e porquê você deveria correr para assistí-los. Confira:

A Fanfarra

Nesta comédia dramática dirigida por Emmanuel Courcol, dois irmãos que foram separados na infância se reencontram na fase adulta, por uma circunstância da vida. À primeira vista, eles parecem não ter nada em comum, mas isso muda quando Thibaut (Benjamin Lavernhe) percebe que Jimmy (Pierre Lottin) compartilha de uma grande paixão sua: a música. Inclusive, vale salientar que Benjamin Lavernhe e Pierre Lottin tem uma química excelente em cena.

Atenção: Apesar do filme ser descrito como uma comédia dramática, no roteiro, as emoções falam mais alto do que as risadas. Recomenda-se ter lencinhos de papel à mão quando for assistir, principalmente perto do final.

Ainda que o roteiro não traga nada de muito novo à conhecida narrativa de ‘irmãos que não se conheciam mas são unidos pela necessidade‘, o filme aborda com bastante delicadeza as relações humanas e sua construção. Nada parece forçado aqui, tudo ocorre em um ritmo bastante natural.

Ao contrário da maioria dos filmes onde, quando um dos protagonistas passa por uma situação difícil, essa é quase que o único foco da narrativa, em A Fanfarra ocorre o oposto. Nele, o foco é a vida, as relações interpessoais, as paixões, o que é e o que poderia ter sido, além do poder transformador da música. É uma fórmula também já conhecida pelo público? Sim. Porém, ainda caminha pelo caminho menos trilhado e, se trabalhada da forma correta, não tem como dar errado. E aqui não dá!

Outro ponto interessante é que Maurice Ravel inspirou outro roteirista francês este ano. A Fanfarra também menciona a clássica faixa ‘Boléro‘, e esta desempenha um papel muito importante por aqui. No longa, o significado da canção ganha uma camada extra, já que os músicos que irão tocá-la são trabalhadores que estão protestando e ocupando uma fábrica, seu local de trabalho. Ela está prestes a fechar, colocando o sustento deles em risco.

O longa fez parte da seleção oficial do Festival de Cannes 2024 e ganhou o prêmio do público no Festival de San Sebastian deste ano. Sua estreia está prevista para o próximo dia 27 na França.

A História de Soulemayne

Morar em um país estrangeiro pode ser desafiador. Um idioma diferente, uma cultura diferente, um clima novo para se adaptar… E se, somado à tudo isso, ainda houver o medo da deportação? É mais ou menos nessa premissa que se apoia o drama A História de Soulemayne. O personagem-título entrega refeições por aplicativo, para tentar sobreviver, enquanto aguarda a aprovação do seu pedido de asilo.

Abou Sangare, que interpreta Soulemayne, entrega uma performance bastante carismática e faz com que o público simpatize com os inúmeros desafios enfrentados pelo personagem. Inclusive, talvez um dos recursos mais interessantes do roteiro foi manter alguma parte do nome real dos atores em seus personagens. Sangare, por exemplo, é também o sobrenome de Soulemayne.

O filme é gravado num estilo documentário, com poucos cortes e muitas cenas em um só take, o que lhe confere um efeito forte de continuidade e imerge ainda mais o público na história sendo contada. O recurso também reforça a sensação de realidade que o diretor Boris Lojkine quer imprimir na narrativa. Em alguns momentos, o estilo da filmagem lembra o longa ‘1917‘ (2019).

O final, que deveria ser o ápice da história, acaba não entregando o que mais se aguarda: um desfecho. Isso pode decepcionar um pouco alguns espectadores; porém, o ritmo frenético do filme do início ao fim prende a atenção e faz refletir sobre temas bastante importantes, como a crise dos refugiados e as condições precárias que estes grupos enfrentam antes, durante, e por vezes até após a aceitação do seu pedido de asilo.

A História de Souleymane também participou do Festival de Cannes 2024, na seleção ‘Un Certain Regard‘. Por lá, ele ganhou o prêmio do júri e Abou Sangare levou o prêmio de melhor ator para casa.

O Segundo Ato

Com grandes nomes do cinema francês em seu elenco, como Léa Seydoux e Louis Garrel, O Segundo Ato abriu o Festival de Cannes em 2024. Apesar de não ter competido, o longa certamente se destacou devido à sua narrativa intrigante: Quatro atores se encontram no set de filmagem de uma obra realizada 100% com inteligência artificial.

O filme é construído de forma bastante inteligente e, desde o início, mistura o que é ficção com o que é realidade de forma quase imperceptível. Sim, quase, porque mesmo que você assista ao longa sem saber nada sobre sua sinopse, logo de cara é possível perceber que algo não parece normal no set de filmagem. Tanto a narrativa ‘dos bastidores de um filme’, quanto algumas das escolhas estéticas de O Segundo Ato por vezes lembram o longa ‘Making Of‘ (2023).

Como o nome dá a entender, é realmente na segunda parte que a trama se desenvolve, pega velocidade, e surpreende o espectador. É claro que, ao misturar ficção e realidade, o longa acaba se perdendo um pouco dentro de si mesmo ás vezes. E, quando isso acontece, alguns diálogos acabam durando mais tempo do que seria necessário, tentando explicar demais e trazer o espectador de volta ao caminho desejado. Ainda assim, o filme proporciona uma experiência cinematográfica inovadora, e traz uma proposta única para o gênero do ‘cinema dentro do cinema‘.

Além de alguns risadas, O Segundo Ato também reflete sobre vários temas atuais, como o medo do cancelamento e o politicamente correto, bem como sobre os avanços da inteligência artificial na arte, e a possível substituição dos seres humanos por ela. O longa é dirigido por Quentin Dupieux.

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