Trazendo de volta o funk carioca ao falar de suas vivências, bailes de
favela e destacando o empoderamento feminino e sensualidade, Pocah estreou
nesta última sexta-feira seu novo trabalho. Intitulado “A BRABA É ELA“,
o EP aposta no gênero musical mais popular do país e também traz influências
do funk tamborzão raiz, funk melody e trap-funk.
Embora bem conhecido pela maioria dos brasileiros, o “funk”
curiosamente tem origem no jazz. Também chamado de “funky”, o termo
costumava ser usado pelos músicos como uma maneira de indicar aos
membros da banda que o ritmo deveria se intensificar, assim, as músicas mais
convidativas à dança e com uma batida mais forte e constante levavam a palavra
como indicativo. Qualquer semelhança com o funk brasileiro não é mera
coincidência.
O gênero desembarcou por aqui na década de 70 mas só a partir de 1980 é
que ganhou mais expressividade e popularidade, principalmente nas comunidades
cariocas que passaram a mesclar a sonoridade com batidas eletrônicas de hip-hop
e letras que retratavam o dia a dia da vida na periferia.
Pocah é um dos
nomes mais influentes nesse cenário musical com mais de 10 anos de carreira que já acumulam centenas de prêmios e mais de 1 bilhão de plays nas plataformas digitais, e o EP “A BRABA É ELA“
tem inspiração em artistas que compartilham das mesmas raízes que a cantora,
como o grupo Gaiola das Popozudas, Mc Sabrina e Tati Quebra Barraco e
inclusive Anitta.”Eu quis fazer um EP que tivesse a minha identidade.
Seja Pocah, Mc Pocahontas ou Viviane, meu passado é o mesmo. Minhas raízes
seguem iguais. O funk é a origem de tudo na minha carreira. O que eu já
conquistei e ainda vou conquistar é resultado direto no funk e na
transformação que ele causou na minha vida. E esse trabalho fala sobre isso“, disse
Pocah sobre o trabalho.
O EP conta com 5 músicas: Barulhinho, com participação de MC
Kevin O Chris e Luck Muzic; Assanhadinha, com participação de MC
Durrony; Olha E Baba; Solta-te, parceria internacional
com Piso 21; e A BRABA É ELA, a faixa-título.
Assanhadinha é
o carro-chefe do EP e narra a juventude de Pocah, que costumava pular o muro de
casa para ir ao baile de favela. A faixa veio acompanhada de um clipe gravado nos Campos Elíseos em Duque de Caxias/RJ. A comunidade sedia o tradicional
Baile da RQ que a artista frequentava. Confira: