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“A Natureza do Amor” tem na inteligência a sua força motriz

Novo filme de Monia Chokri, “A Natureza do Amor” é distribuido pela Imovision e ganhou recentemente o prêmio César de Melhor Filme Estrangeiro.

Qual é a natureza do amor? Qual é a natureza da existência humana? É com uma série de questionamentos, propostos por um grupo de amigos em uma discussão acalorada e filosófica, que começa o longa “A Natureza do Amor“.

O filme acompanha Sophia (Magalie Lépine Blondeau), uma professora que abre mão de um casamento falido para ficar com Sylvain (Pierre-Yves Cardinal), após se apaixonar loucamente por ele. À princípio, a trama parece bem simples e direta ao ponto. Mas, é por meio de seus personagens coadjuvantes e as interações entre eles, que as verdadeiras intenções da diretora (que também atua na película) ficam claras: a de investigar a complexidade humana e fazer o público refletir à respeito do tema.

Conforme a trama vai se desenvolvendo, é possível perceber que uma linha inteligente conecta tudo. Por exemplo, conforme o relacionamento de Sophia e Sylvain evolui, o filme intercala essas cenas com algumas das aulas de Sophia. Isso cria um paralelo entre o relacionamento deles e as aulas em que ela explica o que é o amor segundo os principais filósofos da história.

A diretora também faz questão de colocar os holofotes na hipocrisia humana, nas relações sociais, e mostrar seus personagens em uma luz mais desfavorável do que favorável, onde todos os seus acertos mas, principalmente, seus erros são escancarados, em uma tentativa de humanizá-los.

O veredicto

O problema disso tudo é que: o que o filme tem muita inteligência, mas pouco entretenimento. Seus personagens não são muito cativantes, o ritmo de suas cenas é muito acelerado, e os constantes close-ups, ás vezes trêmulos, nos rostos dá uma sensação de amadorismo. Quando o roteiro não está tentando filosofar, ele parece não ter mais nenhuma parede para se apoiar. Além disso, a protagonista parece não conseguir expressar com precisão as emoções complexas que sua personagem está sentido.

Enquanto isso, as transições de cena trazem um certo desconforto visual, por serem em sua maioria muito bruscas, dando a impressão de que as cenas não foram bem cortadas e de que o filme está sempre correndo atrás de algo. Isso acontece principalmente no início do filme e talvez seja até intencional por parte da diretora, para simular a sensação de uma paixão avassaladora. Porém, usado repetidamente, o recurso acaba sendo incômodo de assistir.

O conceito de “A Natureza do Amor” é bom, mas a execução, num geral, deixa a desejar. Talvez o ponto mais forte do longa seja a curiosidade que seu roteiro instiga, em saber como a história dos protagonistas termina. Mas, num geral, a impressão que fica é a de muito potencial que não foi bem aproveitado.

“A Natureza do Amor”

(Canadá, 2023, 110 min). Direção: Monia Chokri. Romance. Em exibição nos cinemas de todo o Brasil.

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