Apolo finalmente chegou às salas de cinema após conquistar destaque no Festival do Rio e no MixBrasil, expondo com sensibilidade como a sociedade ainda falha em entender outras formas de existir.
“Apolo” acompanha a gestação de Apolo dentro de uma família transcentrada, onde o pai dá à luz. O filme discute como o conceito de família virou arma política enquanto novas configurações seguem invisibilizadas. O longa tenta romper essa lógica, mostrando que essas estruturas existem, importam e merecem respeito.
A direção marca a estreia de Tainá Müller atrás das câmeras. Ela retoma sua raiz no audiovisual após anos dedicada à atuação e explica que a vontade de contar histórias pessoais voltou durante a pandemia. Já Isis Broken, também na direção, encara o projeto como um ato de coragem. Ela relembra o preconceito vivido durante as filmagens, mas reforça que seguir adiante significava resistir e abrir caminhos.
O documentário chega em um momento em que discussões sobre identidade de gênero, parentalidade e direitos básicos seguem enfrentando resistência. O longa atua como ferramenta social e afetuosa, mostrando realidades que merecem respeito e espaço. Apolo já está nas telonas e entrega uma experiência íntima, necessária e urgente. Vale a pena procurar a sessão mais próxima e conhecer de perto essa jornada que desafia padrões e amplia o debate público.

As exibições acontecem em São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus e Balneário Camboriú, com sessões especiais e debates com as diretoras em datas selecionadas. Uma ótima oportunidade para quem quer entender o impacto do filme direto de quem viveu essa história.