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Cobertura: Måneskin faz show explosivo no RJ e se consolida na história mundial do pop rock

Damiano David e Thomas Raggi durante performance da faixa “Exagerado” | Foto: Andie Gonçalves


Por: Andie Gonçalves

Recentemente fizemos uma matéria listando o que você poderia esperar do show do Måneskin aqui no Brasil. Tendo realizado a cobertura do evento que rolou ontem (01º de novembro) no palco do Qualistage, o que podemos dizer com convicção é: espere o inesperado.

Teve música que não faz parte do setlist habitual, teve cover de música brasileira, segundo palco acústico, música nova e muito mais! Mas vamos pelo início de tudo: a casa de show estava lotada.
Na chegada ao local, uma multidão de camisas e botas pretas caminhava em uma mesma direção e já prenunciava: hoje é dia de rock, bebê!

Dentro da casa de show, os fãs estavam empolgados e a cada piscada de luz ou oscilada na música de fundo antes do show começar: gritos animados floresciam, na esperança de ser a banda tão esperada. E ela veio, pontualmente. Mandaram avisar que começariam ás 22h em ponto, e 22h01 (dá um descontinho, vai?), a banda subiu ao palco entregando tudo o que podia e mais um pouco para uma plateia fervorosa.


O Måneskin é na música o que o filme coreano “Parasita” foi para o cinema: uma quebra de paradigmas e de barreiras idiomáticas. A plateia cantava ensandecida à C-A-D-A L-E-T-R-A que o vocal potente de Damiano David alimentava a ela, independente do idioma da canção. O cantor também não precisava fazer muito esforço para capturar a atenção do público, quando pediu para todos se abaixarem e pularem no refrão de uma faixa, ele só precisou falar uma vez.

Måneskin | Foto: Dantas Jr.

O show foi realizado em um shopping center na zona oeste do Rio de Janeiro, e o clima de show era visível por toda a parte: todas as lojas ao redor do Qualistage estavam colocando músicas da banda de fundo, algumas até promovendo uma espécie de “esquenta”, logos da banda estampavam bandeiras do Brasil e camisetas, além do entusiasmo geral que era palpável.

O quarteto, que tem mais de 6 anos de carreira, subiu ao estrelato depois de ter vencido o concurso Eurovision em 2021. A batida contagiante da faixa “Zitti E Buoni” agradou tanto o público que estava assistindo ao evento, como o mundo inteiro, fazendo com que eles fossem os grandes vencedores do concurso e estourassem nos charts globais. No Brasil, por exemplo, eles ganharam disco de diamante por sua versão de Beggin’, além de terem acumulado discos de ouro e platina em vários países como Austrália, Estados Unidos e Espanha.


Na setlist do Rio, eles tocaram todos os clássicos. “I Wanna Be Your Slave” em que fãs jogaram uma bandeira do Brasil personalizada com a logo da banda no palco, além de um urso de pelúcia, acessório de orelhas de coelho, e até mesmo um sutiã… o qual Damiano colocou na cabeça com toda a sua irreverência.
Coraline” que arrancou suspiros e até lágrimas de alguns espectadores, “In Nome del Padre“, em que Damiano tocou a guitarra de Thomas com ele e em determinado momento pegou a câmera que estava transmitindo o show para o telão e começou a focar nos fãs. “Vent’Anni” que não está mais no repertório fixo da banda, mas que foi tocada “só para vocês” conforme explicou Damiano enquanto Thomas iniciava os primeiros acordes da faixa. 
Além de covers, como um inédito em português, de “Exagerado“, faixa originalmente cantada por Cazuza, e Beggin‘, do grupo The Four Seasons. A setlist também contou com mais faixas em italiano do que o normal, bem como “The Driver“, música inédita e que será lançada na versão deluxe do álbum Rush (Are U Coming?).

Victoria De Angelis e Thomas Raggi “duelando” nos instrumentos de corda | Foto: Dantas Jr. 

Mas apesar do combo “Vent’Anni” + “Exagerado” ter sido emocionante, o que realmente contagia na experiência que é o show do Måneskin é a paixão que eles têm com os fãs e que os fãs têm com eles. Cada vez que Victoria De Angelis ia ao chão tocando seu baixo frenéticamente, ou Ethan Torchio pesava um pouco mais na bateria, o público ia à loucura e pedia mais. É raro ver bandas em que o foco do público não se concentre somente em seu frontman, mas é exatamente isso que ocorre com Måneskin: todos são igualmente celebrados.

E eles retribuem esse amor de várias formas. Thomas surfou na plateia duas vezes, uma delas acompanhado por Victoria. Damiano disse que ama muito o Brasil e que é maravilhoso estar aqui de novo assim que começou o show, pouco mais tarde ele também pegou um dos refletores que iluminava a banda e iluminou o público. Eles também desceram e cantaram perto do público várias vezes, inclusive na faixa “Kool Kids“, tradicionalmente puxando dezenas de fãs para o palco. É uma conexão forte e que ambos os lados parecem muito ansiosos em aprofundar cada vez mais.

Os fãs no palco com Damiano | Foto: Andie Gonçalves 

Mas, como tudo o que é bom, o êxtase precisa chegar ao fim. A banda se despede… mas o público se recusa a ir embora. “Eu não vou embora, eu não vou embora” começa a ecoar pelas paredes do Qualistage; alguns fãs menos insistentes começam a seguir rumo à saída mais próxima, mas a maioria fica, batendo palmas e cantando “eu não vou embora” cada vez mais alto. Pausa. A guitarra de Thomas Raggi começa a tocar novamente em um solo improvisado e inebriante, os fãs celebram: a banda está voltando.
No bisMåneskin tocou a esperada “The Loneliest“, bem como “I Wanna Be Your Slave” novamente, transformando o final do evento em uma verdadeira festa. Assim que a última nota foi tocada, a casa de show já começou a acender todas as luzes, vai que o público se recusa a ir embora de novo…
A banda ainda conversou rapidamente com alguns fãs próximos ao palco e encerrou uma noite eletrizante com a energia lá em cima. Ao redor, crianças, idosos, e jovens são apenas sorrisos, risadas, e comentários que se intercalam entre as faixas em italiano que foram inclusas no repertório e “Nossa! Que energia o show deles!“. 
O show só mostrou como o Måneskin amadureceu seu som, sua técnica e sua performance desde as apresentações no The X Factor 2017 e como já se consolidaram na história do pop rock mundial.
Confira o setlist do show:
Foto: Divulgação

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