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“Coisas Naturais”: raízes, amadurecimento e Marina Sena em seu melhor momento

O aguardado projeto chega para o público com visuais em todas as faixas

Marina Sena lançou seu novo disco, e não economizou na entrega. “Coisas Naturais” chegou nesta segunda-feira, 31 de março, e já dá pra dizer que é mais um marco na trajetória da cantora mineira. A artista, que ficou conhecida por transformar emoções em canções que grudam na alma, se aprofunda ainda mais na sua identidade sonora, apostando em uma mistura intensa de referências e sonoridades.

Capa de “Coisas Naturais”, novo álbum de estúdio de Marina Sena
Um mergulho criativo no interior de SP

O processo de criação do álbum começou há mais de um ano, durante uma imersão em uma fazenda no interior de São Paulo. Aliás, foi nesse ambiente inspirador que Marina começou a compor, apostando na espontaneidade e em experimentações com músicos de diferentes trajetórias — incluindo integrantes da A Outra Banda da Lua, de Montes Claros, sua terra natal.

Depois dessa fase, as gravações seguiram em outros espaços, como a Casa da Música Brasileira (ZUCA), um estúdio intimista idealizado por Marina. Lá, ela concluiu o trabalho com total liberdade criativa. Foram mais de doze meses de dedicação até o último detalhe, construindo faixa por faixa como ela sempre quis.

O sonho realizado do jeito certo

Marina falou com empolgação sobre o processo:

Esse álbum foi muito diferente de tudo o que já fiz. O processo de composição começou há mais de um ano e foi muito intenso. A gente montou um estúdio no meio da sala, numa fazenda, e tudo foi surgindo de forma muito espontânea, com a banda tocando junto, experimentando. Foi um trabalho de criação coletiva, algo que eu queria muito viver. Esse sempre foi um sonho da Marina de Taiobeiras: poder reunir um pessoal, com uma estrutura legal e fazer uma imersão, alugar uma fazenda e criar música desse jeito. Mas, no começo da minha carreira solo, com os primeiros discos, eu ainda não conseguia parar, porque tinha toda uma agenda a cumprir, uma correria enorme. Dessa vez, eu consegui esse tempo para realizar esse sonho e fazer o álbum exatamente da forma que eu imaginava”.

Nova fase vocal

Além de explorar novas sonoridades, Marina também se dedicou profundamente ao seu lado vocal. Com o apoio da preparadora Blacy Gulfier, ela passou por um processo técnico intenso que a fez sair da zona de conforto. O resultado é perceptível em cada faixa — com interpretações mais refinadas, cheias de nuances e emoções na medida certa.

Me dediquei muito ao estudo da minha voz para este álbum. Chegamos a um ponto na produção em que eu disse: ‘Quero cantar assim’, e então fui moldando minha interpretação com precisão, encontrando o tempo e a expressão certos para cada faixa. Foi um processo intenso, uma pesquisa profunda. Acho que todas as vozes do álbum soam diferentes do que eram antes, porque me desafiei a sair da minha zona de conforto e explorar novos lugares na minha forma de cantar” — ressalta a artista.

Foto: Divulgação
Colaborações internacionais, mas mantendo a brasilidade em destaque

Duas faixas trazem feats internacionais que reforçam a pluralidade do disco “Coisas Naturais“. “Tokito” une Marina às cantoras Gaia (ítalo-brasileira) e Nenny (portuguesa), em uma música vibrante com toques de R&B, ritmos latinos e brasilidade. A faixa nasceu durante uma passagem da cantora por Portugal. Marina tinha convidado as duas artistas separadamente, mas acabou percebendo que unir os estilos das duas resultaria em algo ainda mais potente.

Doçura”, por sua vez, é um mergulho nas raízes do norte de Minas. Com sample de rabeca de Zé Côco do Riachão e de Tino Gomes, a faixa conecta Brasil e Colômbia numa fusão cheia de camadas. A participação é da banda transfronteiriça Çantamarta, composta por Omar, Benito e LuisLo. Essa parceria começou de forma despretensiosa, com Marina traduzindo livremente a faixa “Lluvia” da banda e mandando a versão para eles.

Durante um dos processos de composição, estávamos brincando com um sample do Zé Côco do Riachão, artista muito importante pro norte de Minas e para o Brasil, comecei a cantarolar uma melodia e, quando percebi, estava traduzindo uma música original da banda Çantamarta, chamada ‘Lluvia’. Então, pensei: ‘vou mandar essa tradução para ver se eles querem colaborar’. A gente já se seguia desde os tempos do ‘De Primeira’ e, ao enviar a versão adaptada, eles responderam com uma nova parte que expandiu a ideia original, transformando a música em algo totalmente novo. Assim, nasceu o feat com Çantamarta na faixa ‘Doçura’”, conta a compositora.

Visual poderoso e estética colagem

Com direção criativa de Vito Soares e Marcelo Jarosz, que já trabalharam com Marina em seus discos anteriores, o visual do álbum é mais uma extensão do conceito. A estética de colagem marca presença nos clipes, nas fotos e até na capa. Cada faixa do álbum tem seu próprio visual, o que amplia a experiência do ouvinte para algo também sensorial e visual.

O clipe de “Ouro de Tolo”, faixa foco de “Coisas Naturais“, explora essas sensações com cenas que vão do íntimo à explosão emocional. A câmera se transforma em personagem, interagindo com Marina de forma direta — seja com sedução, seja com confronto. A versão alternativa do clipe foi gravada em VHS, com estética crua, justamente para criar mais proximidade com o público.

O clipe não tem uma história, ele é uma interpretação livre quando juntamos as imagens. Podemos dizer que ele também é uma colagem, seja na junção das cenas ou no próprio set, onde criamos espaços e fomos incorporando elementos. Por exemplo, um quarto que depois ganha uma mesa de jantar, um papel de parede rasgado, frutas jogadas na parede. A câmera vira um personagem indefinido, com quem Marina troca diretamente, ora seduzindo, ora confrontando. O plano-sequência de ‘Ouro de Tolo’ traz essa crueza, como se fosse uma filmagem espontânea de um fã, e a capa do álbum também segue essa ideia de colagem, misturando imagens e referências, criando uma construção visual sem a intenção de marcar uma nova era, mas sim evoluir a estética que ela já vinha apresentando” – explica Vito.

Tudo pronto para o palco

Com direção musical e produção de Janluska, guitarrista que acompanha Marina desde 2021, o disco tem alma de palco. A proposta sonora foi construída pensando em apresentações ao vivo, com banda completa e tudo plugado. A estreia do show de “Coisas Naturais” está marcada para 26 de abril, no Espaço Unimed, em São Paulo — e promete ser uma experiência para ouvir, sentir e ver.

Um novo capítulo da artista

Depois de “De Primeira” (2021) e “Vício Inerente” (2023), Marina Sena entrega seu terceiro álbum com autenticidade, coragem criativa e uma evolução nítida. “Coisas Naturais” traz uma identidade musical mais forte, além de marcar o início de uma nova fase artística — mais madura, mais intensa e, claro, com aquela essência única que só a artista tem.

Se você ainda não ouviu, prepare-se: a nova era de Marina Sena chegou. E veio com tudo.

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