Johansson e Tatum brilham em um drama de 1969 combinando tensão e humor, onde a Guerra Fria alimenta uma conspiração sobre o pouso na Lua.
Dirigido por Greg Berlanti, “Como Vender a Lua“, é um filme que mistura ficção científica, drama e humor, criando uma narrativa envolvente sobre um dos eventos mais icônicos da história moderna: o pouso do homem na Lua. Estrelado por Scarlett Johansson como Kelly Jones, uma marqueteira ousada e Channing Tatum como Cole Davis, um engenheiro brilhante, mas pressionado, o filme reinventa a famosa missão Apollo 11, adicionando camadas de intriga e conspiração.
Apollo 11: O grande show da supremacia espacial em 1969
A narrativa se passa em 1969, durante a Guerra Fria, quando os Estados Unidos e a União Soviética competiam ferozmente pela supremacia espacial. A missão Apollo 11, que terminou com Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisando na superfície lunar, é um marco inquestionável da engenharia e da coragem das pessoas. No entanto, a obra explora a famosa teoria conspiratória de que o pouso foi, na verdade, forjado em um estúdio de Hollywood.
Tensão e humor na era da Guerra Fria
Johansson e Tatum demonstram uma química tão intensa, que se tornam um dos melhores pontos do filme. Kelly Jones é recrutada pelo governo dos EUA para vender ao público a necessidade e a importância do projeto Apollo 11. Sua missão é clara: garantir que o público apoie incondicionalmente a empreitada, um desafio mais crucial diante das tensões da Guerra Fria. Tatum, por sua vez, interpreta Cole Davis, um engenheiro comprometido, mas cético em relação aos métodos de Kelly. As interações entre os dois personagens são marcadas por momentos de tensão e humor, que envolvem completamente o espectador.
Destaques já esperados
Ray Romano e Woody Harrelson também entregam atuações consistentes, acrescentando camadas de profundidade e humor ao filme. Romano interpreta um cientista veterano cuja sabedoria é muitas vezes ofuscada pelas políticas internas da NASA, enquanto Harrelson assume o papel de um alto funcionário do governo que não mede esforços para garantir o sucesso da missão, seja ela real ou fabricada. Berlanti, conhecido por “Com Amor, Simon” consegue equilibrar drama e comeedia, mantendo o envolvimento do filme do começo ao fim.
Marketing e poder corporativo
O roteiro inteligente faz referências a marcas icônicas como Nestlé e Coca-Cola, destacando o poder do marketing e da influência corporativa na sociedade da época. Essas referências conseguem manter a narrativa em linha com a realidade de 1969, mas com diversas referências fáceis de captar. A visão de mercado e a capacidade de persuasão de Kelly são temas centrais do filme, tornando-o uma obra relevante para profissionais de marketing, com cenas que, sem dúvidas, estarão presentes em vídeos motivacionais de empresas e treinamentos.
Como Vender a Lua’ e a era da desinformação
Além do divertimento e o envolvimento do desenrolar romântico da história, o filme inicia uma reflexão sobre o poder da imagem e da percepção pública. A ideia de forjar o pouso lunar em um estúdio de Hollywood, também pode ser uma metáfora poderosa para o controle da narrativa e a manipulação da verdade, temas que estão presentes em nossa era de fake news e desinformação. “Como Vender a Lua” é um filme que merece ser visto por todos. Seja você um entusiasta da história, um fã de ficção científica ou alguém interessado nas elaborações do marketing.