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“Duna – Parte II”: A Deslumbrante Ascensão de Paul Atreides no Deserto

Denis Villeneuve é amplamente reconhecido por sua proficiência em construir narrativas visualmente deslumbrantes e emocionalmente cativantes. Seu histórico de sucesso, exemplificado por obras como “A Chegada” e “Blade Runner 2049“, o consagrou como um cineasta proeminente em Hollywood.

Com o lançamento de “Duna” (2021), ele reforçou sua posição, entregando uma adaptação grandiosa e fiel do renomado clássico literário de Frank Herbert. O filme foi calorosamente recebido pela crítica especializada e pelo público, que elogiaram tanto sua impressionante cinematografia quanto por sua reverência à fonte literária de Herbert.

Além de satisfazer os fãs dedicados, “Duna” também conquistou novos admiradores, que agora puderam reviver (ou superar) esse sentimento com a segunda parte da saga. Nós já conferimos “Duna: Parte II”, e te contamos o que você pode esperar do longa:

A Trama em Arrakis: Política, Cultura e Vingança

A trama se desenrola no árido cenário de Arrakis, explorando as intricadas nuances culturais e geopolíticas das Grandes Casas galácticas do universo de Duna. O foco especial é na jornada de Paul Atreides (Timothée Chalamet), herdeiro da Casa Atreides e dotado do dom da previsão do futuro em suas múltiplas possibilidades.

Villeneuve, apesar da complexidade da narrativa, demonstrou maestria ao introduzir esse vasto universo no primeiro filme, ainda que alguns tenham criticado o ritmo, considerando-o demasiadamente lento.

Na segunda parte, intitulada “Duna: Parte II“, acompanhamos Paul em sua busca por vingança pelo extermínio da Casa Atreides, enquanto se une aos Fremen, os habitantes nativos do deserto, numa tentativa de reequilibrar as forças do universo.

Prólogo e Narrativa Eficiente

Assim abre o longa, usando a personagem da princesa Irulan Corrino (Florence Pugh) para narrar rapidamente os acontecimentos do filme anterior e refrescar a memória do espectador. Os primeiros 10 minutos de filme se dedicam à isso, uma decisão inteligente considerando que o último longa fora lançado dois anos atrás.

Paul e a Jornada de Autodescoberta

A partir do momento em que Paul foge para o deserto e sua Casa é assassinada, “Duna” eleva-se para além das fronteiras do gênero da ficção científica, transformando-se em uma saga épica que explora as profundezas da condição humana, a natureza do poder e a busca eterna pelo significado e pela transcendência.

Timothée Chalamet entrega uma atuação impecável, ao transpor em cena a personalidade de um antigo jovem aprendiz, para um líder em um profundo processo de autoconhecimento e autodescoberta, onde os traumas servem como catalisadores para sua ascensão ao poder e seu papel profético no destino de Arrakis e da galáxia.

O filme se aprofunda em temas como poder, política, e religião, ás vezes até com uma pitada de humor que permeia toda a história. A ascensão de Paul como líder dos Fremen e sua eventual proclamação como o Messias Muad’Dib/Lisan al-Gaib não apenas desencadeiam uma revolução cultural e política em Arrakis, mas também desafiam as estruturas de poder estabelecidas em toda a galáxia.

A Profundidade do Romance

A continuação também explora mais o romance entre Paul Atreides e Chani (Zendaya), personagem que teve pouco destaque no primeiro filme, mas que nesta segunda parte surge com uma personalidade forte, fundamental para a evolução do protagonista. Zendaya não decepcionou em nada, em cada emoção que pretendia transparecer em cena. Os diálogos poderosos ganham ainda mais força através da atuação certeira da atriz. E, como casal, a química entre Timothée Chalamet e Zendaya é palpável. O longa nos permite finalmente entender melhor as dificuldades que a relação enfrenta, decorrentes do contexto político, cultural e pessoal em que os personagens estão inseridos.

Paul Atreides e Chani | Foto: Divulgação
A Força Visual de Duna

A exploração do deserto de Arrakis como um ambiente hostil e implacável é meticulosa. Contudo, ele também se apresenta como um terreno fértil para a evolução espiritual e cultural de Paul e dos Fremen. Villeneuve tece habilmente os elementos ecológicos e geográficos do deserto na narrativa, criando uma atmosfera densa e palpável, que impressiona visualmente e proporciona uma experiência épica para fãs ou entusiastas da saga.

E já que estamos falando do deserto, a fotografia de Greig Fraser foi deslumbrante, capturando a imponência das paisagens de Arrakis com uma riqueza visual impressionante. Principalmente nas cenas do mundo dos Harkonnen, com seu sol da meia-noite que proporcionava um efeito interessantíssimo em preto e branco (que por muitas vezes até mudava a cor das vestimentas dos personagens, quando expostos a este sol emblemático). Filmado em locações reais, como o deserto da Jordânia e Abu Dhabi, o filme distancia-se dos exageros dos efeitos visuais, oferecendo uma representação autêntica das dunas imponentes, tal como concebidas por Frank Herbert em sua obra.

Elementos Fundamentais para a Imersão em Duna

As transições do longa, num geral, são bastante acertadas. Após cenas longas de diálogo, um som alto, um verme de areia, ou um conflito se iniciavam, prendendo a atenção de quem está assistindo. A trilha sonora também foi fundamental para aprofundar a narrativa e imergir o espectador ainda mais no longa.

Várias vezes, por meio dela, parecia que “Duna” tomava vida e era a única realidade existente no momento. O limiar entre a ficção e a realidade parecia borrado. Por isso, não nos surpreenderia se Hans Zimmer recebesse mais uma indicação ao Oscar em 2025 por este trabalho primoroso.

Atenção de Villeneuve aos Detalhes

Um dos principais destaques no longa é o cuidado que Villeneuve tem em todas as cenas. Tudo que é dito pelos personagens é mostrado, de uma forma ou de outra. Seja ocorrendo imediatamente após ser dito, ou seja no formato de uma cena curta que transiciona uma parte do filme à outra. Esse recurso é importante e vital para o longa, para que o espectador não se perca.

Pontos Negativos e Limitações

Como pontos negativos, talvez, possamos destacar a falta de aprofundamento na personalidade e decisões de Paul Atreides. Apesar de seus sonhos extraordinários e visões mostrados brevemente, não temos uma imersão tão completa na psique do personagem, como ocorreu na primeira parte de “Duna“.

As mudanças nas decisões do personagem também parecem um pouco bruscas, e seria interessante poder acompanhar um pouco mais do seu raciocínio.

Já a personagem Chani, apesar de aparecer mais, não recebe o mesmo destaque dos livros. Para um amor premonitório, que já figurava nas primeiras visões de Paul, seria importante aprofundar um pouco mais o relacionamento dos dois. Isso permitiria que um espectador sem conhecimento prévio da franquia entendesse melhor o elo entre os personagens. Além da grande importância da Fremen na jornada de Paul.

Considerações Finais

Com uma audiência agora familiarizada com o contexto, Villeneuve aprofunda as relações entre os personagens e o deserto em “Duna: Parte II“. Elementos como nomenclaturas complexas e cenas contemplativas de longa duração, presentes no primeiro filme, dão lugar a uma narrativa mais dinâmica. Aqui, temos mais ação, diálogos instigantes e momentos emocionantes, que fazem com que as 2 horas e 45 minutos de duração passem despercebidas.

Adaptado do renomado romance de Frank Herbert, “Duna” é uma das obras de ficção científica mais celebradas de todos os tempos.

Com os dois primeiros filmes abarcando o conteúdo do primeiro livro, e com futuros lançamentos planejados, incluindo Messias de Duna“, “Filhos de Duna“, “Imperador Deus de Duna“, “Hereges de Duna” e “Herdeiras de Duna“, parece que estamos diante de uma saga cinematográfica que promete deixar um legado duradouro. Ela deve acompanhar gerações em cada lançamento, à semelhança de “Harry Potter” e “O Senhor dos Anéis”.

Duna: Parte II” chega aos cinemas em 29 de fevereiro, proporcionando uma experiência cinematográfica única. E que, certamente, entrará para a história do gênero ficção científica nas telonas.

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