CAPIVARA-HEADER-1
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Espionagem ou Circo? Os Altos e Baixos de Argylle

Matthew Vaughn, conhecido por dirigir a franquia Kingsman, apresenta uma proposta divergente em “Argylle – O Superespião“, afastando-se da espionagem humorada de suas obras anteriores. O filme, com suas duas horas e dezenove minutos, tece uma trama mais emaranhada, contando com um elenco encabeçado por Bryce Dallas Howard, Sam Rockwell, Henry Cavill, Dua Lipa e outros nomes de peso. No entanto, apesar do talento visual característico de Vaughn, o filme encontra dificuldades em equilibrar a trama e explorar plenamente seus personagens.


Desdobramento da Trama e Desafios Narrativos

A narrativa se inicia com Elly Conway, interpretada pela talentosa Bryce Dallas Howard, uma romancista de espionagem cujos livros misteriosamente preveem eventos reais. Ao se deparar com problemas na conclusão de seu quinto livro, Argylle, ela é arrastada para o mundo da espionagem, levada por um agente secreto, Aiden (Sam Rockwell). A trama promissora é, no entanto, prejudicada pela falta de foco em uma história central sólida.


Carências no Desenvolvimento dos Personagens e Desperdício do Elenco

A protagonista, Elly Conway, padece de uma caracterização rasa, resultando em uma exploração superficial de sua complexidade. A personagem apresenta dois núcleos ao longo do filme, sendo o primeiro relativamente convincente, no entanto, a segunda camada carece de autenticidade, levando a uma representação que beira a artificialidade. Da mesma forma, o elenco, apesar de estelar, é subutilizado, relegado a papéis que não permitem que suas habilidades se sobressaiam. A escassez de tempo de tela para personagens-chave, como Lagrange (Dua Lipa), deixa o público ansiando por uma exploração mais aprofundada de suas motivações e personalidades.


Identidade Perdida e o Excesso de Reviravoltas Confusas

O filme se desorienta ao tentar oferecer uma perspectiva irônica e metalinguística ao subgênero de filmes de espionagem, falhando em estabelecer uma identidade coesa. As reviravoltas, embora típicas do gênero, acabam por se tornar excessivas, gerando uma trama confusa e desconexa. Matthew Vaughn, conhecido por sua audácia e marca autoral em obras anteriores, parece perder-se em uma narrativa que oscila entre a ação convencional e momentos quase circenses. E não é exagero usar esse termo, se levarmos em consideração o desfecho peculiar, onde as cenas finais tentam amalgamar cenas de luta com efeitos visuais extravagantes, cortinas de fumaça colorida, patinação em petróleo, malabarismos com armas e uma dose exagerada de elementos que remetem a um besteirol, resultando em uma conclusão peculiar e, em muitos aspectos, desconcertante.



Veredicto Final

“Argylle – O Superespião” sofre com diálogos bobos, resoluções canhestras e cenas de ação que desviam para o caricato onde nem o gato se salva. Vaughn, que já demonstrou maestria em narrativas de ação, parece distante de seus trabalhos anteriores notáveis, como “Kick-Ass – Quebrando Tudo” e “Kingsman – Serviço Secreto”. O filme, apesar da expectativa criada pelo marketing, não consegue corresponder ao seu potencial antecipado, deixando os espectadores desapontados diante de uma trama confusa. “Argylle – O Superespião” destaca-se mais pelos seus atores do que por uma história envolvente, resultando em uma experiência cinematográfica abaixo das expectativas.

TALVEZ VOCÊ GOSTE DESTAS POSTAGENS :

vídeos do capy

Ed Sheeran mistura culturas e emoções em “Sapphire”
Evanescence une forças com K.Flay em faixa de “Bailarina”
CAJU em festa: Liniker celebra 1 ano de sucesso com super show no Doce Maravilha
“Never Gonna Give You Up”, mesmo: Rick Astley atinge marca bilionária
Garbage ressurge com álbum terno e intenso
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow
 

avisa que é hit!

Edit Template

© Copyright 2023 Capivara Alternativa – Todos os direitos reservados.

Pular para o conteúdo