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Madame Teia: Entre Visões de Grandiosidade e Realidade Desoladora

Ah, a polêmica “Madame Teia”! O mais recente lançamento da Sony está causando alvoroço no universo aracnídeo, e não pelos motivos certos. A crítica e o público estão longe de aplaudir esse filme que, para ser sincero, tem seus problemas. No entanto, é importante reconhecer que parte das críticas pode ter sido influenciada pelo chamado “efeito manada”. Por mais que “Madame Teia” tenha seus tropeços e falhas de roteiro do tamanho de um abismo, vamos admitir, já vimos coisas piores saindo da Sony.

As “Poderosas” Decepções

Uma das principais decepções do filme foi a falta de cenas de heroísmo das três jovens mulheres-aranhas interpretadas por Celeste O’Connor, Isabela Meced e Sydney Sweeney. Embora o trailer tenha prometido cenas épicas,elas são tão raras quanto encontrar um tesouro no fundo do oceano. Parece que as protagonistas esqueceram de pegar seus poderes antes de entrar em cena, pois eles só aparecem em rápidas visões na mente de Cassandra Webb.

Roteiros Emaranhados

Apesar de estarmos falando de pessoas com poderes de aranha, mesmo assim o roteiro consegue ser mais absurdo que o próprio conceito. Cassandra fazendo o que quer pela cidade, dirigindo um carro roubado sem placa e sem ser notada, deixa várias lacunas no roteiro que facilitam a vida da antagonista em alcançar seus objetivos, sem uma explicação convincente. Comparado a outras pérolas da Sony, como “Morbius”, “Madame Teia” não se destaca como o pior filme do universo aranha. Em alguns momentos, o filme consegue envolver o espectador com as jovens sob a tutela de Cassandra, tornando a experiência menos desagradável; deixando o pensamento de que poderia ter havido um desenvolvimento mais profundo dessas personagens, em vez de focar em um protagonismo confuso em volta de Cassandra.

Conclusão

Em última análise, “Madame Teia” está longe de ser um destaque entre os lançamentos do mês e parece ter sido mais uma tela de merchandising para a Pepsi do que um filme em si. No entanto, apesar de se enroscar em sua própria teia, ainda há esperança. O filme pode se tornar uma experiência mais agradável se o espectador deixar de lado qualquer expectativa e se concentrar nos easter eggs (que são tantos que até servem de muletas para o filme) e no carisma das personagens. Talvez tenha sido apenas uma introdução falha ao universo aranha. Contudo, elas podem ser melhor aproveitadas em futuros filmes, seja em aparições entrelaçadas com outros personagens ou em filmes solo dedicados a elas. Pelo menos no desfecho, as protagonistas encontram um ponto de partida para algo promissor, inclusive a própria Cassandra Webb, que finalmente assume uma personalidade mais próxima da dos quadrinhos.

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