Longa “Manas” de Marianna Brennand coleciona prêmios e estreia nos cinemas nacionais em maio.
Desde a première mundial no Festival de Veneza, “Manas” vem consolidando uma trajetória impressionante. Entretanto, o filme não apenas conquistou mais de 20 prêmios em festivais internacionais, mas também garantiu um espaço de destaque no circuito cinematográfico global. Assim, o longa de Marianna Brennand está prestes a chegar ao Brasil, com estreia marcada para 15 de maio, sob distribuição da Paris Filmes.
Reconhecimento internacional
Premiado em todas as competições das quais participou, “Manas” segue sua expansão global. A partir de 26 de março, o longa estreia em mais de 20 salas na França e segue para festivais renomados, como Toulouse, Toronto, São Francisco e Istambul.
Além disso, a crítica especializada reforça sua relevância. Matthew Joseph Jenner, da International Cinephile Society, o definiu como “sincero, afetuoso e impactante“, destacando sua abordagem inovadora.
Apoio de grandes cineastas
Walter Salles e os irmãos Dardenne, cineastas de prestígio mundial, atuaram como produtores associados do projeto, contribuindo desde a fase inicial do roteiro. Salles destaca a direção “precisa e desprovida de sentimentalismo“, enquanto Luc Dardenne ressalta a força da narrativa ao expor a realidade das mulheres no Norte do Brasil. Ocasionalmente sólido, “Manas” se posiciona como um dos filmes brasileiros com maior potencial para disputar o Oscar de 2026.
Uma história necessária
Rodado na Amazônia, o filme acompanha a jornada de Marcielle (Jamilli Correa), uma adolescente de 13 anos que vive na Ilha do Marajó e enfrenta a realidade brutal de sua família. Porém, cercada por abusos e desilusões, ela decide desafiar o sistema que oprime as mulheres de sua comunidade.
A abordagem cuidadosa de Brennand evita a exploração do sofrimento, focando na força de sua protagonista e na dimensão sensorial da narrativa.

“Manas” – Pôster / Reprodução
Produção
Com Dira Paes, Fátima Macedo e Rômulo Braga no elenco, “Manas” é resultado de uma ampla pesquisa que levou a diretora a repensar seu formato inicial de documentário. Mas, a decisão de seguir pelo caminho da ficção permitiu um retrato mais profundo e respeitoso das experiências das mulheres retratadas.
Todavia, com elogiada direção de fotografia de Pierre de Kerchove e uma montagem que mergulha o público na atmosfera densa da história, o longa fortalece o cinema brasileiro como um poderoso instrumento de arte e reflexão.
Afinal, seja pelo reconhecimento da crítica, pelo apoio de grandes cineastas ou pelo tema que aborda, o filme chega aos cinemas brasileiros cercado de expectativas.