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“Música das Esferas” com Mimi: Uma Expedição Animada de Encantamento e Sensibilização Musical


Uma nova obra cinematográfica brasileira estreou recentemente no YouTube, prometendo uma experiência visual e auditiva única. “Música das Esferas: Mimi e o Baú Mágico é um curta-metragem de animação dirigido e roteirizado por Marco AR Alves, Luiz César Arashiro e Fernando Uehara. A trama gira em torno de Seu Godofredo, que aguarda ansiosamente a visita de sua neta Lalá, de seis anos. No entanto, é o gato de Lalá, chamado Mimi, que acaba desencadeando uma aventura surpreendente ao explorar uma sala misteriosa e encontrar um velho baú aberto. O que se segue é uma jornada pelo desconhecido, onde planetas, estrelas e figuras abstratas se tornam personagens em uma viagem emocionante repleta de descobertas.

Tivemos a oportunidade de entrevistar Fernando Uehara, diretor e roteirista do curta, que nos proporcionou percepções fascinantes sobre esse universo cinematográfico único. Acompanhe



Quando vimos “Música das Esferas” no título, logo associamos o curta à antiga ideia filosófica, vinda do conceito grego. Como essa ideia evoluiu para um curta-metragem animado? E de onde veio a ideia de fazer isso tudo, colocando o gatinho curioso como personagem principal?

A ideia de criar um curta de animação voltado para crianças, estimulando o processo de sensibilização à música e aos sons, surgiu a partir de experiências pessoais dos criadores. Desde a infância, tiveram a oportunidade de entrar em contato com a música de maneira natural, espontânea e lúdica. A inspiração para criar uma animação que proporcionasse a mesma oportunidade para as crianças foi fundamental.

A parte musical foi concebida com base em teorias musicais. Essa abordagem teórica, combinada com a ideia dos planetas, que já estava presente desde a origem da criação, levou à inevitável apropriação do termo cunhado pelos antigos gregos. A inclusão do gatinho na história surgiu (eu, o diretor de arte, sou um grande amante de gatos!) como uma forma de enriquecer a narrativa, já que os gatos são observadores atentos e têm ouvidos aguçados.


Conte mais sobre o processo criativo por trás da estética visual do filme, como as cores, formas e padrões foram escolhidos para representar os elementos do universo e da música cósmica.

Um dia, meu sócio Marco, criador do projeto, me ligou pedindo para imaginar e desenhar 4 planetas (sopro, cordas, percussão e vocal) com suas criaturas habitantes. Não tinha ideia do que se tratava, nem para qual finalidade. Os primeiros esboços já saíram muito próximos do material finalizado. Para cada tipo de som, imaginei uma paisagem, um ambiente, textura, inspirado tanto pelos instrumentos quanto pela natureza do som. Apenas para o vocal, houve a sugestão de retratarmos um planeta totalmente povoado por plantas que cantam! Animais que conhecemos também foram muito inspiradores.

A paleta de cores foi escolhida para conferir personalidade a cada planeta. No planeta Sopros, mais gasoso, predominam tons pastéis alaranjados, inspirados no som da flauta para criar o ambiente e suas criaturas. Em Percussão, imaginamos um ambiente cavernoso, com batidas semelhantes às do coração, tons quentes e terrosos, com criaturas com formas peluciosas para criar um batuque. Para Cordas, visualizamos dois ambientes: um mais solar e colorido e outro mais lunar, frio e em tons azulados. Ambos são fluidos, surrealistas, delicados e melódicos. No planeta Vocal, a ideia foi retratar um alvorecer, com plantas que acordam e começam a falar e cantar, trazendo uma sensação de sagrado na cantoria, como um ritual matinal. Tons da mata logo cedo pela manhã foram a inspiração.

A parte sonora também foi intensamente discutida: convidamos o Prof. José Augusto Mannis (UNICAMP), que trouxe outros excelentes profissionais para embarcar nessa aventura. A cada arte finalizada, compartilhávamos, e a partir dos elementos previamente ilustrados e animados, elaborávamos a composição musical. Dessa forma, o projeto foi crescendo em dimensão e beleza.


Os planetas visitados por Mimi têm características musicais distintas. Como vocês desenvolveram esses mundos sonoros?

A ideia de ter 4 planetas, cada um com sua natureza musical distinta baseada nas famílias de instrumentos musicais (sopro, cordas, percussão e voz humana), estava presente desde o início do projeto. Acreditamos ser interessante explorar o som e a musicalidade de cada grupo de instrumentos de forma distinta e separada.



Como esses mundos se relacionam com os temas explorados no curta?

Como mencionado anteriormente, a concepção de cada planeta sempre teve como base a inspiração sonora dos instrumentos. O que Mimi faz é conhecê-los separadamente, visitando os planetas e conhecendo seus habitantes. Em cada planeta, mantivemos o conceito por trás de cada grupo sonoro. No planeta Sopros, que é gasoso, há gêiseres e vulcões que sopram produzindo sons, e Mimi conhece um ritual do ciclo da vida. No Percussão, Mimi testemunha uma festa de vários ritmos. No planeta Cordas, mais melódico, o gato passa por dois ambientes sonoros e visuais distintos. E finalmente, no planeta Vocal, ele é testemunha da cantoria matinal das plantas. Esta animação é um convite para esta pequena apresentação desses grupos sonoros que, juntos, compõem as músicas.


Qual foi o maior desafio que enfrentaram durante a produção de “Música das Esferas”? E como vocês superaram esse desafio?

Como foi nossa estreia na produção de animação, tínhamos algumas dúvidas sobre o processo. Tivemos a colaboração da Split Studio, a quem somos muito gratos e de quem aprendemos muito: todas as etapas de animação, além da parte técnica. Todos foram extremamente generosos e pacientes conosco. Combinar imagens com som também foi um desafio: a equipe da trilha teve sensibilidade para entender nossos objetivos e trouxe, com muito talento, a parte sonora e musical, elevando o nível da animação. E, por fim, nada disso seria possível sem o patrocínio e o apoio da Petrobrás.


O curta já está disponível no YouTube e em breve será lançado no site oficial do projeto. Como foi a recepção do público até agora e quais são suas expectativas para o futuro próximo?

Está sendo maravilhoso! Desde o lançamento no YouTube há duas semanas, já tivemos 2.3 mil visualizações. Nunca tivemos uma repercussão assim nas redes sociais e é uma grande novidade para nós: continuamos recebendo elogios diariamente. Em breve, teremos um site onde será possível assistir à animação, baixar uma cartilha de atividades e explorar o sistema G para ver os planetas girando em torno do sol e ouvir seus sons específicos. Este site estará em constante evolução: no futuro, adicionaremos mais atividades interessantes. O projeto continua e em breve teremos parcerias com a TV Cultura (estamos bastante avançados nisso) e também estamos buscando patrocínios para criar uma série.


Também está projetado uma expansão do projeto, através da criação de um game e uma exposição interativa. Como vocês imaginam que essas extensões do universo de “Música das Esferas” irão complementar a experiência do curta-metragem?

Sim, o game é parte da expansão do site. Quanto à exposição interativa, é um sonho nosso. Achamos que seria incrível ter um espaço onde as pessoas pudessem ter uma experiência mais imersiva. Poder visitar os planetas, tocar nas criaturas e, principalmente, criar sons e fazer música. Seria um complemento perfeito. Batucar, soprar, é algo tão intrínseco à nossa existência, tão natural para o ser humano.


Qual mensagem ou emoção vocês esperam que o público, especialmente as crianças, leve consigo após assistir a “Música das Esferas: Mimi e o Baú Mágico”?

Encantamento. Seja pelas cores, pelos sons ou pelo gatinho Mimi. O fato de não haver falas é intencional: queremos que a animação sensibilize pessoas, independentemente de sua cultura, origem ou língua. Se, para algumas crianças, for o começo do despertar para algo interessante, já terá valido muito a pena o projeto.



Considerações Finais

Concluindo, a jornada por trás da criação de “Música das Esferas” foi repleta de inspiração, desafios e colaboração. Desde a concepção dos planetas até a sua estreia nas redes sociais, cada passo foi marcado pelo entusiasmo em proporcionar uma experiência sensorial única e inclusiva. O sucesso no YouTube e os planos, como o lançamento do site interativo e a busca por parcerias para uma série, são testemunhos do impacto positivo que o projeto já está tendo e da sua promissora duração. Por meio das cores, dos sons e da narrativa universal, o objetivo é encantar e despertar a imaginação de crianças e adultos ao redor do mundo, unindo pessoas em uma jornada de descoberta e celebração da música e da criatividade.


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