Noah Cyrus revisita memórias, homenageia a família e mergulha na natureza interior em seu segundo álbum de estúdio, repleto de sentimento e identidade.
Logo após a divulgação do novo projeto, Noah Cyrus surpreendeu fãs ao revelar uma proposta mais intimista e madura. “I Want My Loved Ones To Go With Me” trouxe à tona a essência da cantora norte-americana: sensível, enraizada, vulnerável.
Desde que lançou “The Hardest Part” em 2022, Noah vinha flertando com o folk e o country. Porém, foi neste segundo álbum que ela se entregou por completo à atmosfera do gênero. Ao mesmo tempo, abraçou suas origens com delicadeza e firmeza — como quem encontra, finalmente, o lugar ao qual pertence.
Ainda assim, o destaque não ficou apenas no instrumental. Com vocais sussurrados e letras confessionais, Noah expôs seu amadurecimento emocional em canções que dialogam com o luto, o afeto e a autodescoberta.
Juntamente com nomes de peso como Blake Shelton, Fleet Foxes, Ella Langley e Bill Callahan, a cantora construiu um álbum orgânico, quase terapêutico. Ou seja, uma verdadeira carta aberta àqueles que ela ama — inclusive a si mesma.
Enquanto mergulhava nas próprias raízes, Cyrus homenageou sutilmente membros da família. Interpretou uma música escrita por seu irmão Braison e resgatou a primeira composição do pai, Billy Ray Cyrus.
Desde que começou a compor, a artista carrega as referências que ouviu em casa. Frequentemente, suas escolhas artísticas refletem esse legado. “Meu pai me apresentou músicas incríveis. Ele é uma das minhas maiores inspirações”, contou.
Apesar disso, o disco não se prende apenas a lembranças. Constantemente, Cyrus constrói pontes entre passado e presente, entre natureza e identidade. Em “I Saw the Mountains”, ela reforça essa conexão com o mundo natural, herança da infância entre o Tennessee e a Califórnia.
Nesse meio tempo, a artista também redescobriu sua espiritualidade criativa. “Quero que as pessoas sintam conforto. Como se essa música fosse um velho amigo que nos ajuda a curar”, disse.
Apenas duas palavras definem a essência de “I Want My Loved Ones To Go With Me“: pertencimento e liberdade. Finalmente, a artista parece ter alcançado ambos — e convida o público a fazer o mesmo.
