Ryan Gosling, após o sucesso estrondoso de “Barbie“, retorna triunfante às telonas. Desta vez, encarna Colt Seavers em “O Dublê” (The Fall Guy), sob a direção de David Leitch (John Wick: De Volta ao Jogo). O filme promete ser uma mescla de diversão e ação, ao mesmo tempo que presta uma homenagem tocante à comunidade de dublês.
A sinopse
Na trama, o dublê Colt Seavers retorna à ação após o desaparecimento repentino de uma estrela do cinema. À medida que o mistério se aprofunda, ele se enreda em situações que ameaçam sua carreira, à beira de uma queda mais perigosa do que qualquer uma de suas acrobacias. Enquanto isso, Jody Moreno (Emily Blunt) se prepara para estrear como diretora e concretizar um filme que planejou cuidadosamente por anos.
Inspirações por trás de “O Dublê”
O filme é inspirado em ‘Duro na Queda‘ (originalmente “The Fall Guy”) uma série de televisão americana criada por Glen A. Larson que foi ao ar nos anos 1980. A série acompanha as aventuras de Colt Seavers, interpretado por Lee Majors, um dublê de Hollywood que também trabalhava como caçador de recompensas nas horas vagas. Seavers utilizava suas habilidades como dublê para capturar fugitivos em perseguições emocionantes e arriscadas. A série capturou a essência da cultura dos anos 1980, repleta de aventuras, carros velozes e personagens audaciosos.
Um prato cheio para os cinéfilos
Apesar da inspiração na obra de 1980, temos aqui um blockbuster moderno, misturando elementos de entretenimento, tecnologia em termos visuais e efeitos especiais, e acrobacias bem elaboradas. Para os aficionados por cinema, “O Dublê” é um verdadeiro festim de referências aos clássicos, manifestando-se tanto em diálogos e bordões quanto nos aspectos visuais do filme produzido por Jody. Sua fotografia sugere sutilmente a estética de “Duna“, mas é evidente que não se trata de plágio, e sim de uma homenagem direta e reverente.
Muito mais que apenas um Ken
Ryan Gosling é reverenciado por sua habilidade de se transformar em uma ampla gama de personagens, exibindo uma versatilidade ao longo de sua carreira. Interpretando Colt, Gosling se destaca com um timing cômico excepcional, aprimorando o desenvolvimento do personagem com suas expressões faciais e linguagem corporal. Apesar das numerosas reviravoltas na trama, a habilidade humorística do ator impede que a experiência se torne cansativa. Desde o primeiro ato do filme, é fácil ficar cativado pelo seu desempenho magnético.
Blunt em cena
Emily encarna Jody Moreno, uma diretora em busca do tão almejado destaque para seu primeiro filme como produtora. Embora o papel não exija uma profundidade extrema, a atriz consegue desenvolver uma performance sólida. Sua química com Ryan envolve o público dentro da relação, adicionando uma camada adicional de dinamismo à narrativa.
Pontos de atenção
Há momentos genuinamente engraçados e sinceros, especialmente quando Gosling lidera a cena. No entanto, o filme, intencionalmente ou não, apresenta cenas com acrobacias exageradas e lutas que sugerem que o personagem sobrevive devido ao seu protagonismo.
Considerações finais
“O Dublê” propõe uma ação bem humorada, com Ryan Gosling brilhando no papel de Colt Seavers e Emily Blunt adicionando seu charme à tela como Jody Moreno. Os espectadores podem esperar uma experiência que não apenas entretém, mas também arranca boas gargalhadas. Além disso, o filme é uma mensagem clara de agradecimento aos dublês e a todos os que trabalham em um ofício frequentemente subestimado, destacando sua grande importância para o cinema. É uma ode à coragem, habilidade e dedicação daqueles que arriscam suas vidas para dar vida às cenas mais emocionantes, merecendo todo o reconhecimento que muitas vezes lhes é negado.