‘Prelude to Ecstasy’ já está disponível em todas as plataformas digitais
O que parecia uma utopia musical ganhou vida nas mãos da banda inglesa The Last Dinner Party. O quinteto é o respiro que só uma mistura de rock n’ roll e indie poderiam proporcionar, e não é de se espantar que a banda já esteja entrando no caminho do estrelato absoluto.
Apesar de já termos falado sobre as origens do grupo, vale uma repescagem: o quinteto surgiu durante a pandemia. Depois disso, conseguiu um set de abertura para os Rolling Stones e desde então, é sucesso absoluto pela Inglaterra, assinando contrato com uma grande gravadora antes mesmo de ter lançado seu primeiro single oficial. Vamos à análise de ‘Prelude to Ecstasy‘:
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O álbum de estreia
A banda lançou recentemente, no dia 02 de fevereiro, seu primeiro álbum: ‘Prelude to Ecstasy‘. Álbum esse extremamente bem produzido, e que deixa um gosto açucarado na boca do ouvinte, aquela sensação de ‘quero mais’ que parece que não será saciada tão cedo. Vem ouvir aqui.
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A ambição e poder da banda estão presentes do início ao fim do álbum, cada segundo de cada música parece minimamente pensado para encantar o ouvinte, e é exatamente isso que o projeto faz.
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Combinando o instrumental teatral com as letras profundas e a estética, a banda está no caminho do sucesso, atingindo uma perfeição estética inimaginável para alguém que está iniciando a carreia faz tão pouco tempo. A faixa inicial é a que entrega o nome do álbum: um instrumental eletrizante que te faz ter ansiedade em saber o que vem depois. Uma melodia cativante, que prepara o terreno do que vem a ser a obra completa. Já fica claro que a banda é a inimiga número um do minimalismo.
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O que esperar das referências?
Não se deixe enganar pelas melodias dançantes e vozes aveludadas, pois as letras guardam emoções profundas e melancólicas. Escondidos entre frases de efeito e simbologias, existem sentimentos que às vezes lutamos para deixar lá no fundo da caixinha onde os guardamos, mas com esse disco, todos eles se afloram. E, acredite, é delicioso ver eles saindo da caixinha com músicas tão incríveis. As influências da banda são notáveis, de Bowie (letras e musicalidade extremamente teatrais), a Kate Bush (os vocais aflorados e com algumas similaridades) e Queen (o drama teatral de Freddie Mercury está sempre presente).
Apesar disso, o álbum peca em apenas uma coisa: ele não explode nenhuma vez. Sabe aquela música que você espera que seja um BOOM! e acaba não sendo? My Lady of Mercy, apesar de alta, sempre dá a impressão de que algo maior vem aí, mas esse algo não chega, por exemplo.
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O segundo ponto fraco de álbum é que ele é consistente. Isso é ruim? Não! Mas deixa pouco espaço pra surpresas. Às vezes o que o ouvinte precisa é disso: uma surpresa, um desvio total do que o álbum construiu até aquele momento. Isso acaba fazendo com que o disco fique um pouco monótono próximo do final. A banda possui um talento intocável, os instrumentos totalmente em sincronia, mas no final do disco, parece que as últimas três músicas eram a mesma.
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O que o futuro da TLDP reserva?
Levando em consideração que este é o primeiro álbum da banda, ele entrega exatamente o que é esperado. A pergunta que não quer calar agora é: para uma banda que teve seu debut dessa forma, com tanta maestria e estética, é necessário manter o padrão e sempre evoluir… Será que a The Last Dinner Party está se preparando para nos mostrar que veio pra ficar? Estamos ansiosos para descobrir.