CAPIVARA-HEADER-1
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

‘Rivais’ transforma tênis em uma empolgante rave cinematográfica

Estrelado por Zendaya, Mike Faist, e Josh O’Connor, ‘Rivais’ é um filme que mistura drama, romance, e suspense. A trama dirigida por Luca Guadagnino usa o esporte como pano de fundo de um relacionamento intrigante e cheio de reviravoltas.

Rivais que se enfrentam em uma quadra de tênis, surpreendentemente, não é um tema incomum para fãs de cultura pop. Artistas como Martin Solveig e Dragonette já exploraram o tema em uma parceria, e o duo israelense Lola Marsh chegou bem perto disso, com uma partida empolgante de tênis de mesa que se desenrola ao som de sua faixa ‘Only for a Moment‘.

Inclusive, quem já tiver visto o clipe de ‘Hello‘, vai encontrar algumas similaridades com ‘Rivais‘, novo longa do diretor Luca Guadagnino. É que no vídeo musical você identifica, logo de cara, três constantes do filme americano: música eletrônica, tênis, e um triângulo amoroso.

Se duvidar, o clipe dá mais dicas sobre o enredo do que o trailer oficial, já que este não dá muita direção sobre o que de fato acontece no longa. Mas vamos por partes.

O retorno triunfal

Depois de ‘Até os Ossos’ (2022), longa protagonizado por Timothée Chalamet e Taylor Russell, e o vencedor de Oscars ‘Me Chame Pelo Seu Nome’ (2018), Luca Guadagnino volta às telonas com ‘Rivais‘. Nele, conhecemos a história de Tashi Duncan (Zendaya), uma ex-atleta prodígio do tênis que vive uma espécie de triângulo amoroso com seu marido Art Donaldson (Mike Faist), e o ex-melhor amigo dele e ex-namorado dela, Patrick Zweig (Josh O’Connor).

Por uma coincidência do destino, os dois homens acabam se enfrentando em uma partida de tênis que significa muito para ambos, onde ganhar ou perder mudará suas vidas completamente.

O filme é muito bom. Ponto. Daqueles que mais surpreenderia se não fosse indicado a nenhum prêmio da temporada, principalmente em categorias mais técnicas como direção, do que se for indicado.

O conceito do tênis e suas regras aparecem de várias formas no filme. Isso ocorre tanto mais diretamente, com as partidas e campeonatos mostrados, quanto de forma subjetiva, onde diversos matchpoints decisivos acontecem nas vidas dos personagens.

É por essas e por outras que ‘Rivais‘ pode ser equiparado à uma rave: música eletrônica estourando no talo, várias decisões questionáveis sendo motivo de arrependimento no dia seguinte mas, no fim das contas, tudo sendo uma grande experiência. Experiência essa que transcende os personagens e também o público, já que é impossível não ficar pensando no longa mesmo horas após o seu fim.

O ritmo frenético da trilha sonora

Rivais‘ tem um ritmo frenético, por vezes quase enlouquecedor. Com seu roteiro cativante e recheado de humor ácido, ele convence o espectador que os maiores absurdos são completamente normais. A trilha sonora (juntamente com as técnicas de filmagem inovadoras escolhidas pela direção) tornam o filme em um acontecimento elétrico, daqueles de perder o fôlego.

É câmera em raquete, é câmera que parece ser a própria bola, drones filmando em ângulos incomuns, e tudo isso com músicas de fundo que só assistindo para entender como elas se encaixam bem na temática narrada.

A trilha sonora faz questão de trazer o extraordinário ao cotidiano. Ela mostra uma nova perspectiva de um esporte considerado tão sóbrio. Vários são os seus feitos, mas um dos principais é criar um clima empolgante e sensual que perdura por todo o filme, encapsulando melhor o clima de triângulo amoroso do que os próprios diálogos.

Uma coisa interessante sobre as faixas escolhidas é que elas respeitam a temporalidade das cenas. Sequências do passado são embaladas por músicas mais retro wave, enquanto as cenas do presente puxam mais pro EDM/House. Isso ajuda a linha temporal do filme a ser mais delineada, já que cada gênero corresponde à uma época diferente.

O estilo de Guadagnino e o que não funcionou

Como na maioria dos filmes de Guadagnino, a passagem de tempo não é linear. Ela arremessa o público do presente ao passado, ao mais passado ainda, e então de volta para o futuro. Apesar disso contribuir para o dinamismo do filme, essa escolha criativa também pode confundir um espectador mais desatento.

Inclusive, algumas falhas no desenvolvimento dos personagens e falta de maior aprofundamento em suas motivações, também são fatores que podem deixar o público um pouco insatisfeito.

Diferente de projetos anteriores do diretor, ‘Rivais‘ tem um ritmo mais acelerado e aposta mais em recursos visuais do que narrativos para contar a sua história. Até quem não se interessa particularmente por tênis fica curioso para entender os detalhes da trama.

O veredito

No geral, ‘Rivais‘ é uma boa escolha para quem gosta de thrillers emocionantes, mas pode não satisfazer totalmente os fãs mais exigentes.

Ainda assim, as interpretações de seus protagonistas são afiadas, existe todo um conceito artístico e poético por trás da modalidade esportiva, e o espectador é ativamente convidado a espiar a vida dos personagens e tirar suas próprias conclusões sobre o caráter deles e o rumo que suas histórias tomam.

Por isso, o filme se posiciona como uma experiência única, daquelas para se apreciar nas telonas uma, duas, ou em quantos sets mais forem necessários.

“Rivais”

(Estados Unidos, 2024, 131 min). Direção: Luca Guadagnino. Esporte/Romance. Estreia nos cinemas de todo o Brasil em 25 de abril de 2024.

TALVEZ VOCÊ GOSTE DESTAS POSTAGENS :

Vídeos:

Lil Nas X – Long Live Montero: uma celebração ao sucesso e a autenticidade do artista
‘LOOM’: Ouça o novo disco do Imagine Dragons
‘Achadinhos do Groover XI’ traz 9 faixas para embalar seu fim de semana
O que podemos esperar da passagem de Lenny Kravitz pelo Brasil
RAYE: A nova sensação do R&B que você precisa conhecer
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow
 

LançamentoS:

Edit Template

© Copyright 2023 Capivara Alternativa – Todos os direitos reservados.

Pular para o conteúdo