E tinha como ser outra pessoa?!
A Time Magazine é uma das mais conhecidas e conceituadas revistas de notícias semanais ao redor do mundo. Além das publicações nos Estados Unidos, ela também conta com uma edição europeia que é publicada em Londres, e faz a cobertura do Oriente Médio, África e América Latina, e com a edição da Ásia, publicada em Hong Kong, e a edição canadense, que ganha vida em Toronto.
É um fato que a Time é o veículo com maior circulação do mundo (para uma revista semanal de notícias), com um público que chega à mais de 25 milhões de pessoas.
A principal característica da revista é, com certeza, a nomeação de Pessoa do Ano. Realidade desde 1927, a Time reconhece um indivíduo ou um grupo de indivíduos que tiveram o maior feito entre as notícias do ano.
Ou fato que podemos confirmar, é que uma certa loirinha não saiu da boca do povo nesse ano… Já sabe de quem estamos falando, né?! Taylor Swift.
Com o sucesso da The Eras Tour, a popularidade do relançamento de seus trabalhos icônicos, o sucesso de bilheteria que foi o seu filme da turnê, de fato: a escolha da Time não poderia de forma alguma ser diferente.
Créditos: Divulgação/Taylor Swift para a revista Time.
Taylor abriu o jogo para o veículo de notícias americano e comentou sobre diversos assuntos, desde polêmicas do passado, passando pela vida pessoal e seu novo relacionamento com o jogador de futebol americano Travis Kelce, até a preparação para sua turnê The Eras e, claro, o que podemos (e devemos!) esperar da regravação do seu álbum reputation.
Nas palavras da Time:
”As conquistas de Swift enquanto artista – culturalmente, criticamente, e comercialmente – são tantas que relembrá-las parece quase impossível. Como uma estrela do pop, ela está em companhia rara, ao lado de Elvis Presley, Michael Jackson e Madonna; enquanto compositora, já foi comparada com Bob Dylan, Paul McCartney e Joni Mitchell.”
Para o jornalista Sam Lansky, Taylor abre o coração:
”Nunca me senti tão orgulhosa e tão feliz assim, e nem tão criativamente completa e livre. Nós podemos complicar o quanto quisermos, ou tentar complicar demais, mas existe só uma questão: você está entretido?”
Sobre a The Eras Tour, Taylor revela que anteriormente, fazia turnês como um ‘cara de uma fraternidade’, e para a turnê atual, começou seus treinamentos seis meses antes do início dos shows, três com um programa de academia criado só pra ela, e três focados na sua dança:
“Eu sabia que essa turnê era mais difícil do que qualquer coisa que eu tenha feito antes, de longe. Todo dia eu corria na esteira, cantando toda a setlist bem alto, correndo rápido em canções rápidas, e uma corrida mais suave ou uma caminhada rápida em canções mais calmas. Então eu tive três meses de treino de dança, porque queria que isso entrasse em meus ossos. Eu queria estar tão bem ensaiada que eu pudesse fazer coisas bobas com os fãs e não perder minha linha de pensamento”.
Além disso, Taylor revela que a indicação para que Mandy Moore fosse coreógrafa da turnê veio de sua amiga pessoal, e grande atriz, Emma Stone, com quem trabalho no sucesso La La Land (2016).
Créditos: Divulgação/Taylor Swift para a revista Time.
Sobre comparecer nos jogos de seu namorado, Travis Kelce, Swift diz:
”Não sei como eles sabem em que camarote estou. Estou lá apenas para apoiar Travis. Não tenho consciência se estou sendo mostrada demais e irritando alguns pais, Brads e Chads.”
Além disso, Swift contou um pouco sobre o início de seu romance com o jogador:
”Tudo isso começou quando Travis, de maneira muito adorável, me colocou no ar em seu podcast, que eu achei corajoso pra caramba. Começamos a sair logo depois disso. Na verdade, passamos um tempo significativo que ninguém sabia, pelo qual sou grata, porque nos conhecemos. Quando fui ao primeiro jogo, éramos um casal. Acho que algumas pessoas pensam que viram nosso primeiro encontro naquele jogo? Nunca seríamos psicóticos o suficiente para fazer daquilo um primeiro encontro. Quando você diz que um relacionamento é público, isso significa que vou vê-lo fazer o que ama, estamos aparecendo um para o outro, outras pessoas estão lá e não nos importamos, o oposto disso é que você tem que fazer um esforço extremo para garantir que ninguém saiba que você está saindo com alguém. E estamos apenas orgulhosos um do outro.”
Sobre os sucessos femininos no ano de 2023, a The Eras Tour, junto com a bilheteria de Barbie, filme dirigido por Greta Gerwig, e o grande sucesso da turnê RENAISSANCE, de Beyoncé, faz parte de algo que Swift chama de ‘um verão de três partes de extravagância feminina’. Sobre o sucesso de Beyoncé e a rivalidade inexistente entre as duas, fruto da imaginação de jornalistas perversos e os que se dizem ”fãs”, mas que na verdade passam bem longe disso, Taylor comenta:
”Ela é a joia mais preciosa de uma pessoa – calorosa, aberta e engraçada, e ela é uma grande perturbadora das normas da indústria musical. Ela ensinou a todos os artistas como virar a mesa e desafiar práticas comerciais arcaicas. Houve tantas turnês em estádios neste verão, mas as únicas que foram comparadas fomos eu e Beyoncé, é evidente que é muito lucrativo para a mídia e para a cultura stan colocar duas mulheres uma contra a outra, mesmo quando os dois artistas em questão se recusam a participar dessa discussão.”
Em relação ao sucesso das três, Taylor também comenta:
”Se tivermos que falar de forma estereotipada sobre o feminino e o masculino, as mulheres foram alimentadas com a mensagem de que aquilo em que gravitamos naturalmente…Infância, sentimentos, amor, rompimentos, analisando esses sentimentos, falando deles sem parar, glitter, lantejoulas! Fomos ensinadas que essas coisas são mais frívolas do que aquelas pelas quais os homens de gênero estereotipado gravitam, certo? E o que existe desde o início dos tempos? Uma sociedade patriarcal. O que alimenta uma sociedade patriarcal? Dinheiro, fluxo de receitas, a economia. Então, na verdade, se olharmos para isso da maneira mais cínica possível, as ideias femininas se tornarem lucrativas significa que mais arte feminina será feita. É extremamente animador.”
E senta que lá vem coisa boa. Taylor comentou sobre a regravação do seu sucesso reputation, além de prometer (com essas palavras) que as músicas from the vault (seu cofre de músicas não lançadas) do álbum serão incríveis:
”É um momento gótico-punk de raiva feminina por ser iluminada por toda uma estrutura social. Acho que muitas pessoas veem isso e ficam tipo, cobras legais e luzes estroboscópicas. Estou colecionando horcruxes”, diz ela. “Estou colecionando pedras do infinito. A voz de Gandalf está na minha cabeça toda vez que lanço uma nova. Para mim, agora é um filme.”