O aguardado retorno da franquia TRON estreia nos cinemas em 9 de outubro, mas você se lembra do que veio antes disso?
A franquia TRON da Disney é uma das mais icônicas em termos de visual futurista e abordagem de temas como realidade e inteligência artificial e a fusão entre o mundo digital com o real. Tendo iniciado em 1982 com o filme TRON, foi um marco para o gênero de ficção científica, sendo um dos pioneiros em utilizar computação gráfica para criar mundos digitais.
Uma Odisséia Eletrônica
Desde seu lançamento em 1982, a franquia estabeleceu um avanço absurdo em tecnologia de uma forma que mudaria a história do cinema pra sempre e ditaria a estética caricata de seu sucessor e outros projetos. Toda a ousadia e imaginação foi ofuscada por outros clássicos lançados no mesmo ano, como E.T. e Blade Runner.
Duramente criticado por ser raso em história e desenvolvimento de personagens, sendo considerado mais uma demonstração tecnológica do que um filme envolvente. Ainda assim, venceu o Oscar nas categorias de Melhor Figurino e Melhor Som. Por ironia, foi desqualificado dos Efeitos Visuais no Oscar, porque o uso de computadores foi considerado “trapaça” pela Academia na época.
Sinopse
Kevin Flynn (Jeff Bridges), um talentoso programador, tenta provar que seu antigo chefe roubou seus jogos de computador. Ao invadir os sistemas da ENCOM, ele acaba sendo literalmente digitalizado e transportado para dentro do computador por um programa maligno chamado MCP (Master Control Program). Dentro desse mundo digital, Flynn encontra o programa TRON (Bruce Boxleitner), criado para proteger o sistema, e juntos eles enfrentam o MCP para libertar os programas da opressão.
Legado
Devida a recepção morna do primeiro filme, sua sequência teve um período de espera de quase 28 anos. Não só por conta das expectativas da Disney a respeito da bilheteria, mas, durante os anos 80 e 90, o estúdio priorizou filmes infantis e franquias como Aladdin e o Rei Leão.
Além disso, os efeitos visuais ainda estavam se desenvolvendo. A ambição de criar uma sequência tão ousada quanto o original esbarrava em limitações tecnológicas. Nos 2000, com a popularização de CGI de alta qualidade (Matrix, Star Wars Prequels, Avatar), a Disney poderia finalmente fazer justiça visual à franquia. Assim, em 17 de dezembro de 2010, surgiu TRON: O Legado.
Sinopse
Sam Flynn (Garett Hedlund), filho do lendário programador Kevin Flynn (Jeff Bridges), ainda sente pelo desaparecimento misterioso do pai, ocorrido há mais de 20 anos. Ao investigar um estranho sinal vindo do antigo escritório de seu pai, Sam acaba transportado para O GRID, um mundo digital de realidade virtual criado pelo mesmo.
Dentro desse universo eletrônico, Sam descobre que Kevin está preso há décadas. Para escapar, pai e filho devem enfrentar CLU, um programa criado por Kevin para tornar o mundo perfeito, que se voltou contra ele e que agora, domina o sistema.
Com a ajuda de Quorra (Olivia Wilde), uma aliada leal de Kevin, os três embarcam em uma jornada de sobrevivência, luta e reconexão familiar — tudo isso enquanto o confronto entre humanos e programas ameaça ultrapassar os limites do mundo digital e invadir a realidade.
A Vinda de ARES
Agora, 15 anos depois, teremos a terceira parte da saga, dirigida por Joachim Rønning (Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar). TRON: ARES será “um pouco mais industrial e cru”, diz o diretor.
O Legado foi um marco na franquia pela trilha sonora feita pela dupla francesa Daft Punk, sua única trilha sonora original para cinema — uma colaboração que se tornou icônica. Inspirada por compositores como Hans Zimmer, John Carpenter, e Wendy Carlos (que compôs para o TRON original), equilibra com maestria a dualidade dos mundos e é uma das trilhas mais influentes dos anos 2010.
Assim como seu antecessor, o novo longa promete entregar um Certified Banger feito pelas mãos da banda industrial Nine Inch Nails, que definitivamente vai conseguir transmitir perfeitamente a tensão e ameaça de ARES.
Sinopse
TRON: ARES segue a jornada de ARES (Jared Leto), um programa altamente avançado que é enviado do mundo digital, O GRID, para o mundo real. Sua missão é o primeiro contato entre programas e a humanidade, em meio a crescentes tensões sobre o avanço da inteligência artificial. Quando dois mundos começam a colidir, ARES (Leto) precisa encontrar equilíbrio entre controle e empatia para evitar um colapso entre os dois mundos.
Uma Franquia a Frente de Seu Tempo
Atualmente, segue considerada visionária e revolucionária por antecipar temas como IA e metaverso. Além de Influenciar filmes como Matrix e Jogador N° 1, até videogames como Mirror’s Edge e Cyberpunk 2077.
O conceito criado é citado em diversas mídias diferentes, tanto visuais quanto por explorar questões filosóficas sobre significado humano em um mundo controlado pela tecnologia. A franquia trás pautas muito pertinentes que vão reacender questionamentos, e trazer um novo ponto de vista a ser debatido. Além de reacender, ou acender, a chama e atrair os olhares para essa saga um tanto quanto esquecida.
TRON: ARES estreia nos cinemas em 9 de outubro de 2025.
