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‘Uma Família Feliz’: Desvendando os bastidores do filme

A data de 4 abril, marca a estreia de um filme com potencial para se tornar um dos principais thrillers nacionais de 2024. O novo projeto da Pandora Filmes, dirigido por José Eduardo Belmonte, adapta o livro “Uma Família Feliz”, escrito por Raphael Montes, co-autor de “Bom Dia, Verônica”. Após ser apresentado na 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, a produtora destaca a relevância de lançar esse filme em um ano crucial para o cinema brasileiro.


Conduzindo o espectador pela trama

Com vários plot twists e um desfecho surpreendente, o filme se destaca. Hábil em explorar nossa intuição, desafia nossos julgamentos e percepções, conduzindo-nos pela trama e instigando-nos a desvendar mistérios. Embora seja cedo para falar em continuação, “Uma Família Feliz” permanece como uma obra singular, oferecendo uma conclusão satisfatória ao espectador, sem deixar grandes enigmas em aberto. Durante uma coletiva de imprensa, Raphael Montes, José Eduardo Belmonte, Grazi Massafera e Reynaldo Gianecchini revelaram mais detalhes sobre os bastidores do filme.


Da lista de ideias à escolha do projeto

“Uma Família Feliz” é um projeto antigo. Raphael revela ter uma lista de ideias e que, inicialmente, pensava em escrever esse filme ou “Um Jantar Secreto”, que acabou não sendo desenvolvido. Ao compartilhar a ideia com Belmonte, Grazi foi considerada para o papel e logo convidada. Raphael também menciona que o roteiro passou por dois laboratórios de desenvolvimento. O diretor ressalta a sutileza na direção de arte, com a construção meticulosa de pequenos elementos:

“A ideia de vigilância está nos detalhes, com nuances na paleta de cores que se adaptam à narrativa, graças ao trabalho primoroso da direção de fotografia. Ele criou um ambiente lúdico no set, visando transmitir ao público uma sensação de familiaridade.” comenta Belmonte


Energia criativa: reflexões após o intenso processo

Reynaldo também destaca o desafio de trabalhar com crianças em um filme com temas potencialmente pesados. Ele elogia a abordagem do diretor, que conduziu os pequenos de forma lúdica e sensível, protegendo-os da complexidade da história. Cada cena proporcionava uma oportunidade para que os atores mais jovens se envolvessem organicamente com o elenco, resultando em atuações surpreendentes. Enquanto isso, a atriz compartilha sobre o desenvolvimento de sua personagem, ressaltando a confiança em José como diretor. Ela descreve como Eva evoluiu naturalmente durante as filmagens, aproveitando a liberdade no set. Grazi destaca a semana e meia de ensaios, elogiando o texto e a chance de explorar as emoções com sutileza, em contraste com a TV. Eles saíam do estúdio energizados pela intensidade do processo criativo.



Eva como reflexo das mulheres na sociedade

Grazi ressalta a maneira como o machismo é abordado no filme, retratando uma sociedade que esconde suas emoções, especialmente o universo feminino, constantemente questionado. Eva reflete isso, e muitas mulheres se identificarão com seu processo, especialmente as questões maternais. Ela menciona a intensidade do puerpério, uma fase quimicamente real e confusa para as mulheres, levando a uma reflexão constante sobre sua adequação como mãe. Enquanto isso, os homens são vistos de forma mais benevolente, mesmo quando suas ações são questionáveis, refletindo uma dinâmica passivo-agressiva estrutural na sociedade. “O filme não é apenas um suspense, mas uma obra que levanta diversas reflexões sobre a estrutura da sociedade. Isso sendo uma mulher branca, loira, num padrão e em um perfil de estética totalmente aceitável. Imagina se fosse uma mulher negra?”.


Desafiando percepções do público

Raphael destaca um dos aspectos mais intrigantes do filme: convidar o público a julgar. Ao iniciar com uma cena impactante, o espectador tende a formar suas opiniões rapidamente, mas isso os coloca em posição semelhante aos vizinhos do condomínio. Ao longo do filme, há a oportunidade de se envolver com a família de uma maneira que os vizinhos não podem, permitindo que suas interpretações evoluam com o desenrolar da história. O autor expressa o desejo de criar um filme que vá além do visual, buscando desafiar e transformar as percepções do público.


O propósito da obra

Considerando os insights dos envolvidos no filme “Uma Família Feliz”, é evidente que a obra vai além de um simples thriller. Ao abordar temas como machismo, maternidade e julgamento social, o filme convida o público a refletir sobre questões profundas da sociedade. A habilidade de construir personagens complexos e uma narrativa perturbante, permite uma experiência fílmica enriquecedora. Além disso, o cuidado na direção de arte e no desenvolvimento dos personagens destaca a sensibilidade e o comprometimento da equipe. “Uma Família Feliz” promete não apenas entreter, mas também provocar reflexões sobre o mundo ao nosso redor, cumprindo o desejo de seus criadores de ultrapassar expectativas do público.


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