Drama histórico francês chega aos cinemas brasileiros em junho com distribuição da Kolbe Arte
“Vencer ou Morrer” (Vaincre ou Mourir) é um filme francês que vem despertando debates intensos e emocionando plateias. Dirigido por Vincent Mottez, o longa estreia exclusivamente nos cinemas do Brasil no dia 5 de junho e promete jogar luz sobre uma narrativa histórica silenciada por gerações.
Inspirado em fatos reais, o drama mergulha na trajetória de François de Charette, um líder militar que enfrentou com bravura a Revolução Francesa. A produção, que já atraiu mais de 300 mil espectadores na França, chamou atenção de educadores, historiadores e defensores da liberdade religiosa por abordar, com sensibilidade e força, temas que seguem atuais.

François de Charette: fé e resistência em tempos sombrios
“Vencer ou Morrer” reconstrói o percurso de François de Charette, uma figura histórica muitas vezes ignorada, mas que teve papel fundamental em um dos períodos mais turbulentos da história europeia. Na trama, ele aparece como um homem que, movido por fé e senso de justiça, decide enfrentar as forças revolucionárias que ameaçavam seus valores e sua comunidade.
A narrativa se desenrola no contexto das Guerras da Vendeia, conflito interno que marcou a França revolucionária e que, por muito tempo, foi tratado como um tabu. O filme não somente resgata esse episódio, como também propõe um olhar mais amplo sobre os impactos da intolerância política e da perseguição religiosa.

Elenco e ambientação
Com Hugo Becker (conhecido por “Apaches: Gangues de Paris“) no papel principal, o elenco também conta com Rod Paradot, Gilles Cohen e Constance Gay. Juntos, eles interpretam personagens que, diante do medo, optam pela fidelidade à própria consciência e à fé, mesmo que isso custe a própria vida.
A ambientação detalhada e o cuidado com os figurinos ajudam a transportar o público diretamente para o fim do século XVIII, ressaltando a tensão e o peso das escolhas que os personagens enfrentam. Conforme a história avança, o espectador é levado a refletir sobre coragem, sacrifício e os limites da liberdade individual em meio ao caos social.

Reflexões para o presente
Apesar de retratar um episódio do passado, o filme se espelha fortemente com o presente. “Vencer ou Morrer” levanta questões que vão além do campo religioso: fala também sobre polarização, intolerância, e as consequências devastadoras quando a sociedade perde a capacidade de dialogar. Em um mundo cada vez mais dividido, essa história ressurge como um alerta, e como um convite à reflexão.
Com distribuição da Kolbe Arte, o longa estreia no Brasil no dia 5 de junho, exclusivamente nos cinemas. Para quem se interessa por dramas históricos com base real e por narrativas que misturam emoção, política e espiritualidade, esse é um lançamento que merece atenção.

Vencer ou Morrer
França | 2023 | 96 min. | Drama Histórico | 14 anos
- Título Original: Vaincre ou Mourir
- Direção: Vincent Mottez, Paul Mignot
- Roteiro: Vincent Mottez
- Produção: Puy du Fou Films
- Diretor de Fotografia: Alexandre Jamin
- Edição: Tao Delport, Josselin Bellesoeur, Sam Briand
- Figurino: Les Vertugadins
- Trilha sonora original: Nathan Stornetta
- Direção de Arte: Audrey Malecot, Iréne Marinari
- Elenco: Hugo Becker, Rod Paradot, Gilles Cohen, Constance Gay, Francis Renaud, Dorcas Coppin, Anne Serra, Olivier Barthélémy
- Distribuição: Kolbe Arte
Sinopse
Vencer ou Morrer narra a verdadeira história de François de Charette e do povo da Vendéia, que, em plena Revolução Francesa, resistiram com coragem à perseguição religiosa em defesa da fé católica, da liberdade de consciência e da vida comunitária. O filme retrata a força espiritual de famílias camponesas unidas pelo Sagrado Coração de Jesus, símbolo que marcou uma das maiores expressões de fidelidade cristã da história europeia. Filmado nos próprios locais onde a história aconteceu, o longa apresenta uma notável fidelidade histórica e uma beleza cinematográfica singular. Os temas abordados são profundamente humanos, espirituais e formativos. A produção tem obtido ampla repercussão entre professores, historiadores, lideranças religiosas e movimentos culturais católicos, tendo alcançado 300 mil espectadores na França.