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Prédio Vazio: terror brasileiro com boas intenções, mas execução falha

Novo filme de Rodrigo Aragão tenta mergulhar no horror urbano de Guarapari, mas se perde em atuações ruins, efeitos artificiais e uma narrativa sem rumo

A ideia por trás de Prédio Vazio é boa. O filme começa com uma premissa que até empolga. Luna (Lorena Corrêa), decide ir até Guarapari no Carnaval após ter um sonho estranho com a mãe desaparecida. Ela vai parar em um prédio antigo na orla e encontra uma zeladora ranzinza. A promessa de uma narrativa de horror urbano com fundo tropical soa muito bem. Mas quando a execução começa, tudo desanda.

Estética bagunçada e efeitos que tiram a imersão

Um dos pontos mais frustrantes é o visual. O CGI é fraco demais, com fundos nitidamente feitos em chroma key. Há cenas que deveriam ser sombrias, mas que estão super iluminadas por luzes frias que lembram estúdios de TV. A névoa que aparece em quase toda cena parece saída de uma boate. A ideia de criar um clima opressivo e perturbador se perde num excesso de artificialidade.

Infelizmente o elenco não ajuda. Lorena tenta dar profundidade para a protagonista, mas entrega uma atuação sem emoção. Em momentos dramáticos ela aparenta chorar, mas não há lágrima nenhuma, só maquiagem borrada. O parceiro, interpretado por Caio Macedo, é carismático, mas não transmite credibilidade em nenhuma cena. Os gritos de susto soam forçados, quase ensaiados. Em vez de criar tensão, essas cenas viram momentos involuntariamente cômicos.

Narrativa quebrada e terror sem impacto

A montagem do filme também compromete a experiência. Há cortes secos que interrompem a fluidez da narrativa e inserções visuais desconexas que não causam nenhum efeito. As aparições dos espíritos são mal elaboradas, muitas vezes usando imagens em reverso para gerar estranheza, mas o resultado é uma estética que não assusta. Algumas cenas de morte acontecem do nada, sem lógica ou construção de tensão.

O roteiro traz escolhas difíceis. Um bom exemplo, é uma cena onde os personagens tentam arrombar uma porta. Eles fingem fazer força, não conseguem, e segundos depois a porta simplesmente se abre com um leve empurrão. É o tipo de detalhe que tira qualquer envolvimento emocional com a trama. O final ainda tenta entregar uma virada que é tão óbvia quanto frustrante.

Tinha muito potencial, mas…

Prédio Vazio” tinha tudo para ser um bom filme. O material promocional era interessante, a ambientação tinha potencial e a proposta de trazer o terror para o litoral brasileiro podia render algo original. Mas o resultado demonstra um filme perdido, que não sabe bem o que quer ser. Falha no visual, nas atuações e na narrativa. E a experiência, que deveria ser angustiante, acaba sendo somente uma decepção. É uma pena, porque o terror nacional vem crescendo, mas esse aqui ficou devendo em todos os sentidos.

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