Ainda Estou Aqui: a luta silenciosa de uma família no meio da ditadura brasileira

O longa retrata a resiliência diante de um período sombrio da história brasileira, onde o amor familiar se torna um símbolo de resistência



Walter Salles dedicou sete anos ao desenvolvimento de “Ainda Estou Aqui“, obra que estreou na Competição Principal do Festival de Veneza deste ano. Inspirado nas memórias de Marcelo Rubens Paiva, o filme nos transporta para os desafios enfrentados por uma família durante a ditadura militar brasileira, iluminando o destino trágico de Rubens Paiva, desaparecido pelo regime.




O impacto de um desaparecimento inesperado

O enredo é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, que narra a dor e a luta de sua mãe, Eunice (interpretada por Fernanda Torres), após a prisão e desaparecimento do marido, Rubens (Selton Mello), em 1971. O filme revela as dificuldades enfrentadas por uma família comum, que de repente se vê envolta na brutalidade do regime militar, transformando seu lar em um espaço de resistência.




Rio de Janeiro nos anos 70

Ambientado no Rio de Janeiro dos anos 70, Salles utiliza a paisagem tropical da cidade para criar um contraste poderoso. A serenidade das praias é constantemente interrompida pelos sons de helicópteros militares e patrulhas pelas ruas. A escolha do cenário reforça a dualidade entre a aparente normalidade e a tensão que se esconde sob a superfície.




Eunice, uma mãe em busca de respostas

O filme foca na trajetória de Eunice, que tenta manter a família unida enquanto luta para descobrir o que aconteceu com seu marido. Com uma interpretação contida, mas intensa, Fernanda dá vida a uma mulher forte e resiliente, que transforma sua dor em força. A busca por justiça a transforma em um símbolo de resistência silenciosa.




Simplicidade que emociona

Salles destaca o impacto da ausência em cenas sutis e poderosas, como o momento em que a família Paiva visita uma sorveteria e observa as outras famílias felizes. Detalhes que ressaltam a ausência de Rubens e o vazio que ele deixou, criando uma narrativa visual de profunda sensibilidade e impacto.




Homenagem que vai além

O longa vai além da história pessoal da família Paiva e se torna um tributo à memória de todos os que sofreram com a ditadura. Walter apresenta uma narrativa que mistura dor e beleza, lembrando ao público da importância de não esquecer os capítulos sombrios da história do país.




Resiliência e esperança

No fim, a obra é um testemunho da força humana diante da adversidade. A atuação de Torres é o ponto alto da produção, entregando uma atuação que une dor, esperança e resistência. O filme, premiado em Veneza, mostra que a história de uma família pode se tornar universal quando contada com sensibilidade e verdade.




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