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Bastidores de ‘O Anel de Eva’: equipe revela segredos da produção

Distribuído pela Elo Studios, ‘O Anel de Eva‘ chega em breve aos cinemas de todo o Brasil. Suzana Pires, Odilon Wagner, Duflair Barradas, e Pedro Reinato nos contaram ontem (04), um pouco mais sobre o processo de criação do longa.

Em uma fazenda mato-grossense mora Eva Vogler (Suzana Pires). Ela é uma mulher forte, determinada, e que se dedica à família e suas propriedades com afinco. Após a morte de seu pai, Eva é surpreendida ao receber um anel nazista com a inscrição “Eva, 1945”. Para tornar a situação ainda mais misteriosa, ele vem acompanhado de um bilhete: “abra-o somente se achar necessário”.

Enquanto isso, a personagem investiga o que aconteceu com uma das propriedades da família, a Fazenda do Alpendre, que agora é dominada por um homem chamado Martin Hirsch (Odilon Wagner). O mistério do anel e da fazenda trazem cada vez mais perguntas à vida de Eva, que enfrenta vários perigos enquanto busca pela verdade.

Essa é a premissa intrigante de ‘O Anel de Eva‘, longa de estreia do diretor Duflair Barradas. Com roteiro assinado por Eduardo Ribeiro e Pedro Reinato, ele conta com Suzana Pires, Odilon Wagner e Regina Sampaio, além de vários atores mato-grossenses, em seu elenco.

O Anel de Eva‘ promete continuar uma tendência que se tem visto no cinema nacional dos últimos anos, o de trazer roteiros cada vez mais inovadores e criativos. De acordo com o elenco, o longa aguardou 5 anos para ser lançado. Inicialmente programado para chegar aos cinemas em 2022, a pandemia somada à falta de iniciativas de incentivo à cultura atrasaram o projeto.

O filme estreia em 13 de junho, dia do aniversário de Pires, e conforme ela nos conta na coletiva de imprensa que rolou ontem (04): “Não há presente melhor“.

Barradas & Reinato

O evento teve a presença de Duflair Barradas, Pedro Reinato, Odilon Wagner, e Suzana Pires, que falaram sobre a produção do longa. O bate-papo descontraído começou com Duflair comentando um pouco sobre as dificuldades de se gravar no interior do Mato Grosso. Ele também contou detalhes sobre o intenso processo de pesquisa do filme e como foi a montagem do longa. De acordo com o diretor, eles conseguiram trazer mais “peso” e sobriedade à narrativa na pós-produção, durante os processos de montagem e edição do filme.

Tanto Duflair quanto Reinato destacaram várias vezes a importância do tema abordado pelo longa e sua contemporaneidade. Inclusive, Pedro fala que a principal inspiração para ele e Eduardo na hora de desenvolver o tema, foram os vários relatos reais da presença nazista pós-Segunda Guerra Mundial em Santos, São Paulo, e no Rio de Janeiro. “A proposta do filme não era focar na presença nazista no Brasil, mas usar isso como ponto de partida, para falar sobre os traumas e dores que essa situação pode ter deixado no país” completa ele.

Ainda falando sobre a concepção do roteiro, Pedro menciona a filmografia de David Fincher como inspiração para seus personagens. ‘Das Boot‘ (‘O Barco: Inferno no Mar de 1981) foi outra grande fonte de onde os roteiristas beberam para construírem as relações humanas em ‘O Anel de Eva‘.

Quando perguntados sobre a escalação do elenco, Duflair contou que desde a primeira conversa com Suzana Pires e Odilon Wagner, ele sentiu que eles eram as pessoas certas para seus respectivos personagens.

Wagner e a preparação de ‘Martin’

Eu já tinha decidido que não ia mais fazer nazista na minha vida. Já fiz vários. Mas quando eu li o roteiro [de ‘O Anel de Eva‘], quando a história é bem contada… eu fiquei apaixonado” comentou Odilon logo em seguida, sobre sua decisão de aceitar interpretar Martin Hirsch.

O ator também contou que se inspirou no homem do campo para a construção de seu personagem, mas que este foi um processo complexo. Sua principal inspiração veio do próprio roteiro, pois Martin é um personagem muito único: apesar de ser do interior do Mato Grosso, ele também nutre fortes ideais nazistas.

A caracterização também o ajudou bastante a “encontrar” o personagem. Além disso, no período de imersão antes das gravações, em uma fazendá de Cuiabá, ele afirma que aprendeu muito com os peões do local. As principais cenas de seu personagem envolvem atirar com armas da Segunda Guerra Mundial e montar a cavalo, o que foi um pouco desafiador: “Primeiro você aprende a lidar com arma, e, depois, com armas específicas“.

Ainda assim, essa parte provavelmente foi mais fácil para ele do que as montarias a cavalo. Isso porque, apesar de já saber montar, o ator sentiu muitas dores durante as cenas em questão (ele tinha acabado de fazer cirurgia no quadril).

Odilon Wagner como ‘Martin‘ | Foto: @sankirtanadharma / Divulgação
Pires e a preparação de ‘Eva’

Suzana também relatou dificuldades com as cenas que envolviam os equinos. Em seu caso, ela não tinha nenhuma experiência prévia com o animal e, pior, nutria um medo enorme de cavalos. Como Odilon, era vital para a sua personagem parecer confortável manuseando armas e andando a cavalo. Para “deixar sua urbanidade de lado“, conforme ela descreve, Suzana foi a Cuiabá antes das filmagens. Por lá, ela fez aulas de montaria na hípica da cidade. E, conseguiu também, trabalhar a vaidade, a sensação de pertencimento, e a conexão forte que sua personagem tem com o local.

Quando foi escalada para viver Eva, a atriz estava com o cabelo curto e isso a preocupou de início, já que era esperado da personagem cabelos longos. Porém, ainda durante sua estadia inicial em Mato Grosso, ela descobriu que essa modernidade era compatível com sua personagem. Em seus estudos, ela descobriu que muitas mulheres do interior do estado são vaidosas e vão à outras cidades cortar os cabelos e fazer as unhas, e optou por interpretar Eva assim.

Odilon & Suzana

O entrosamento entre Odilon Wagner e Suzana Pires fica imediatamente visível para quem assiste ‘O Anel de Eva‘. E, pelo que comentam os próprios atores, sua sintonia deu muito certo na vida real também. Ambos os atores comentaram que se deram bem logo de cara, mesmo nunca tendo trabalhado juntos antes.

A equipe também parece unida nos elogios ao diretor Duflair. Tanto os protagonistas do longa quanto Reinato mencionam a segurança do cineasta. Eles também se mostram constantemente gratos à liberdade que ele deu a cada um, para fazerem o seu melhor trabalho. Ao que o realizador, emocionado, responde: “É um trabalho em equipe!

Outro ponto de concordância entre a equipe foi sobre a descentralização do eixo Rio-São Paulo no longa. Suzana comenta que é difícil surgirem produções fora do Rio de Janeiro ou de São Paulo, mas que ficou muito feliz com a oportunidade e espera repetí-la: “Eu tô muito aberta a descentralizar sempre que possível!

Depois de concordar, Odilon disse que sempre fez essa crítica no teatro. Ele afirma que apenas uma parte das histórias brasileiras é mostrada no cinema, e que está na hora de outras regiões do país serem representadas também.

Os créditos finais

Ao fim da coletiva, Duflair, Odilon e Suzana defendem que ‘O Anel de Eva‘ é para se experimentar no cinema. Eles também comemoram o aumento de público nas salas de todo o país, após a pandemia.

Barradas diz que da cenografia à iluminação, ao trabalho sonoro que a equipe fez na pós-produção, tudo foi otimizado para as telonas. “Ir ao cinema é uma experiência sensorial. Quem vai a um cinema é para experimentar algo” acrescenta Pires.

Apesar de talvez parecer um tema longíquo à primeira vista, a narrativa de O Anel de Eva‘ retrata algo muito atual. Wagner comenta: “Não podemos deixar de valorizar esses espetáculos, filmes, histórias, que fazem a gente refletir para que caminho a sociedade tá indo.” Ao que Suzana finaliza: “É esse o papel da arte, trazer reflexão para que a sociedade se desenvolva socialmente, intelectualmente, e cresça.

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