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Better Man: uma obra que surpreende e reinventa as cinebiografias musicais

Explorando a mente de Robbie Williams, “Better Man” foge dos clichês e transforma a carreira do artista em um espetáculo visual e emocional

Quando o primeiro trailer de Better Man foi lançado, a reação imediata foi de surpresa. A decisão ousada de retratar Robbie Williams como um macaco gerou questionamentos sobre a abordagem do filme: seria uma jogada genial ou um desastre? Felizmente, a resposta se inclina totalmente para a primeira opção. Michael Gracey foi ousado em fugir do convencional. Poderia ter sido um tiro no pé, mas o resultado é uma produção original e inovadora.

Um dos grandes acertos é a maneira como o filme abraça sua proposta sem precisar explicá-la diretamente. Em nenhum momento os personagens questionam ou comentam o fato de Williams ser um macaco. Ele é o único com essa aparência, e isso já diz muito sobre como o protagonista se enxerga no mundo. O diretor já havia mencionado que essa escolha era uma forma de representar o sentimento de deslocamento do cantor. Em um vídeo, ele conta que perguntou a Robbie: “Se você pudesse ser um animal, qual seria?” A resposta foi imediata: “Um macaco.”

Uma experiência para ser vivida nos cinemas

Depois que o filme – e alguns personagens – já envolvem emocionalmente o espectador, a inclusão de Angels” no enredo não acontece por acaso. Esse é o ponto de maior impacto emocional, onde tudo o que foi construído até então explode em uma cena conduzida com uma força impressionante. A versão da música no filme ganha um tom mais orquestral, ampliando ainda mais a carga emocional da sequência. O modo como os diretores escolheram estruturar essa cena – desde os movimentos de câmera até a iluminação – cria uma atmosfera que conduz o filme para algo inesquecível.

É nesse momento que a ideia de Robbie como um macaco atinge seu ápice. O detalhe que parecia tão marcante no início se dissolve completamente. Assim como os personagens do filme nunca questionam sua aparência, o espectador também já não o vê dessa forma. Ele não é mais um primata em meio aos humanos, somente alguém tentando encontrar seu lugar no mundo, em meio ao caos interno e externo.

As cores vibrantes, coreografias dignas da Broadway e a intensidade emocional fazem do longa uma experiência quase que imersiva. A expectativa era de que ‘Let Me Entertain You‘, na histórica apresentação de Knebworth em 2003, fosse o grande momento em termos de performance. Mas o filme vai além, transformando essa cena em um espetáculo visual, repleto de simbolismos sangrentos e uma carga emocional esmagadora. O impacto da sequência nos faz questionar como o cantor conseguiu entregar algo tão marcante naquele show, enquanto lidava com o caos mental mostrado no filme. A perspectiva da obra cria um paralelo entre o que o público via no palco e o que acontecia na mente do artista nos bastidores. Um dos aspectos mais impressionantes é essa dualidade entre o “Robbie primata” recriando fielmente os espetáculos e a maneira como a narrativa brinca com a simbologia.

Um retrato original e inesquecível

O que inicialmente parecia uma escolha estranha, se revela um dos maiores acertos do filme. A narrativa desafia o comum, enquanto usa essa metáfora brilhantemente para ilustrar emoções humanas profundas. Ao explorar ansiedade, medo de palco e a busca pela autoaceitação, o filme utiliza o inusitado para criar algo universal. A sensação de deslocamento do protagonista se torna mais evidente, e a decisão de nunca questionar sua aparência reforça ainda mais essa mensagem.

Em um cenário onde cinebiografias musicais muitas vezes seguem uma fórmula previsível – ascensão, queda e redenção –, Better Man encontra um caminho original para contar a trajetória de Robbie Williams. Michael Gracey entrega uma obra que cria quase uma janela para o interior da mente do artista. Uma prova de que ainda há novas maneiras de explorar a mente de uma pessoa, para compreender o peso de seus problemas.

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