O recente filme de Gabriel Mascaro, “O Último Azul“, conquistou três prêmios no Festival de Berlim 2025, incluindo o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri, consolidando-se como um dos grandes destaques da edição.
Dirigido por Gabriel Mascaro (conhecido por “Boi Neon” e “Divino Amor“), “O Último Azul” recebeu aclamação na Berlinale. Entretanto, protagonizado por Denise Weinberg e com Rodrigo Santoro, Adanilo e Miriam Socarrás no elenco, o longa retrata uma Amazônia distópica, onde o governo exila idosos em colônias.
Tereza, interpretada por Weinberg, embarca em uma jornada repleta de desafios e esperança para realizar seu último desejo.

“O Último Azul” – Pôster / Reprodução
Reconhecimento e discurso emocionado
A premiação, realizada no Berlinale Palast, reuniu Mascaro, Weinberg, Santoro e os produtores Rachel Daisy Ellis e Sandino Saravia Vinay. O longa também recebeu o Prêmio do Júri Ecumênico e o Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost.
Cerimônia – Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost / Reprodução
Ao receber o Urso de Prata, Mascaro exaltou o impacto do festival em sua trajetória: “Muitos filmes que me inspiraram estrearam aqui. Esse prêmio é resultado do trabalho incansável de uma equipe apaixonada. Nosso filme fala sobre o direito de sonhar e encontrar novos significados na vida“.
Todavia, Denise Weinberg celebrou a vitória como um impulso para o cinema brasileiro: “Estamos alavancando nossa arte após anos difíceis. Somos criativos, talentosos e temos histórias poderosas para contar!“. Já Rodrigo Santoro reforçou a importância do reconhecimento internacional: “Quando um filme independente brasileiro é celebrado, a maior vencedora é nossa cultura“.
A visão da crítica internacional
A imprensa especializada, por sua vez, recebeu o filme com entusiasmo. O Screen Daily destacou a atuação de Weinberg como “magistral”. O The Hollywood Reporter descreveu o longa como “um deslumbrante filme de estrada aquático“, enquanto a Variety enfatizou sua mistura entre ficção científica e fábula.

Gabriel Mascaro – Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost / Reprodução
Distribuição global garantida
Antes mesmo do festival, a distribuidora vendeu “O Último Azul” para mais de 15 países, incluindo França, Espanha, Suécia e Austrália.”
Afinal, com uma trama emocionante e uma direção visceral, “O Último Azul” emerge como um dos filmes brasileiros mais impactantes do ano, levando a força do cinema nacional ao topo da Berlinale.