Entre poesia visual e simbolismo, “In the Shadow of the Cypress” transforma dor e resiliência em arte e marca um novo capítulo para o Irã com o Oscar.
O curta, dirigido por Hossein Molayemi e Shirin Sohani, acompanha um ex-capitão com transtorno de estresse pós-traumático. Vivendo isolado à beira-mar, ele tenta se conectar com sua filha, mas o trauma o impede de desempenhar seu papel paterno.
Entre tradição e inovação
A obra combina animação digital e pintura tradicional para construir uma atmosfera sensorial intensa. O título evoca o cipreste, símbolo persa de resistência e pureza, refletindo a luta emocional do protagonista.
Concorrência acirrada
Assim, levando o prêmio de Melhor Curta de Animação, “In the Shadow of the Cypress” superou produções como “Beautiful Men“, “Magic Candies“, “Wander to Wonder” e “Yuck!“.

“In the Shadow of the Cypress” / Reprodução
Um novo marco para o cinema iraniano
Carregado de significado, o curta emociona ao abordar fragilidade humana, relações familiares e a complexidade de um país repleto de beleza e desafios históricos.
Ainda, ao subirem ao palco para receber a estatueta, Molayemi e Sohani leram um discurso e se desculparam por não falarem inglês com fluência, mas foram calorosamente aplaudidos pela plateia.