Com estreia marcada para o Dia de Rita Lee, longa mergulha na intimidade, irreverência e genialidade de uma das maiores artistas brasileiras de todos os tempos
Desde já, “Ritas” se impõe como um presente precioso para os fãs e uma oportunidade inestimável para os que ainda não conhecem Rita Lee em sua plenitude. Afinal, poucas figuras na música brasileira reuniram com tanta intensidade o talento, o deboche, a inventividade e a força transformadora quanto ela. Com estreia confirmada para 22 de maio — o Dia de Santa Rita de Cássia e, por escolha da própria artista, o seu “novo aniversário” — o documentário ganha um caráter ainda mais simbólico: celebra a vida em seu estado mais autêntico.
Do palco à poesia: Rita em primeira pessoa
Sob direção de Oswaldo Santana e codireção de Karen Harley, o longa apresenta não apenas imagens raras e registros históricos, como também uma última entrevista inédita, gravada especialmente para a produção. Além disso, a própria Rita conduz a narrativa, garantindo um tom intimista e ao mesmo tempo provocador.
Assim, ela reaparece como poeta, compositora, escritora, musa e eremita — múltiplas camadas de uma personalidade inclassificável.
Uma estreia à altura do legado
Em 2 de abril, o documentário estreou com pompa e emoção na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, durante a abertura do prestigiado festival É Tudo Verdade. Diante de mais de 700 convidados, o filme iniciou sua trajetória pública no maior evento de documentários da América Latina, que se estende até 13 de abril com sessões em São Paulo e no Rio de Janeiro. Por conseguinte, a obra se consolida desde já como um marco audiovisual.

“Ritas” – Pôster / Reprodução
Mais que nostalgia: um respiro necessário
Com efeito, “Ritas” não apenas revisita uma trajetória artística brilhante, mas também propõe uma conversa profunda sobre liberdade, feminismo, envelhecimento e reinvenção. Inclusive, segundo Oswaldo Santana, “a intimidade revelada por Rita carrega emoções nunca vistas. Os jovens irão se surpreender com uma mulher à frente de seu tempo”. Contudo, o documentário convida à reflexão sem jamais abrir mão da irreverência e do amor — combustíveis essenciais da artista.
O legado permanece, vibrante e vivo
Produzido pela Biônica Filmes em parceria com 7800 Productions, Claro e apoio de Globo Filmes, o filme contou com incentivos públicos da Lei Paulo Gustavo. A co-distribuição fica por conta da Biônica Filmes e Paris Filmes. Assim, “Ritas” ultrapassa o status de homenagem: é um espelho delicado e potente da alma de Rita Lee.
Lee guia a narrativa e transforma sua história em poesia, música e memória.