Antes da estreia oficial, filme “Virgínia e Adelaide” dirigido por Yasmin Thayná e Jorge Furtado compartilha cenas íntimas do set e emociona em sessões voltadas à psicanálise.
Logo após causar burburinho nos bastidores da psicanálise, “Virgínia e Adelaide” acaba de divulgar um vídeo inédito com cenas emocionantes do set de filmagens. Ainda assim, o público terá que esperar até o dia 8 de maio para conferir a estreia nacional nos cinemas.
No vídeo recém-lançado, as atrizes Gabriela Correa e Sophie Charlotte aparecem mergulhadas em seus papéis, vivenciando momentos de alta intensidade dramática. Ao mesmo tempo, os diretores Yasmin Thayná e Jorge Furtado conduzem com sensibilidade cada cena.
Desde que iniciou sua trajetória de divulgação, o longa circula por sessões exclusivas em entidades de psicanálise pelo Brasil. Anteriormente, foi exibido na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, no CEPdePA/Serra e na SPPA, em Porto Alegre. Em seguida, no dia 26 de abril, será a vez da Sociedade de Psicanálise do Rio de Janeiro, com exibição no Cinesystem Botafogo.
“Virgínia e Adelaide” / Reprodução
Enquanto o enredo avança, o filme revela o encontro entre duas mulheres extraordinárias: Adelaide Koch, médica judia exilada da Alemanha nazista, e Virgínia Bicudo, mulher negra que se tornaria a primeira psicanalista do Brasil. Ou seja, não se trata apenas de uma história sobre terapia, mas sim sobre resistência, legado e representatividade. Constantemente esquecida nos registros oficiais, Virgínia ganha o protagonismo que sempre mereceu.
Juntamente com Furtado, Thayná imprime olhar de urgência
Desde que Jorge Furtado leu sobre a história de Virgínia Bicudo, entendeu que essa narrativa não poderia ser contada sem a parceria de uma diretora negra. Imediatamente, convidou Yasmin Thayná — premiada pela Academia Africana de Cinema — para dividir a direção.
“Nosso filme é um gesto político”, explica Thayná. “É sobre tornar público o que foi segredo por muito tempo”. Apesar disso, Virgínia nunca agiu como quem esconde algo. Produziu, escreveu e pensou o Brasil com firmeza.
Apenas alguns meses atrás, o filme estreou no Festival do Rio de 2024. Eventualmente, será lembrado como um marco na representação da saúde mental da população negra brasileira. Logo depois da exibição, o público pôde aplaudir não só os diretores, mas também Gabriela Correa e Sophie Charlotte, que marcaram presença no evento.
